Os governantes ocidentais tentaram amenizar os temores de uma escalada na guerra da Rússia na Ucrânia na quarta-feira (16), dizendo que a explosão de um míssil na Polônia foi um acidente, embora Kyev negue que seus militares tenham sido os responsáveis.
O presidente ucraniano Volodmir Zelenski culpou a Rússia pelo incidente, mas os Estados Unidos e a Otan apoiaram o relato de Varsóvia de que o míssil provavelmente foi disparado pela Ucrânia para se defender de um ataque russo.
O míssil matou duas pessoas quando atingiu a cidade de Przewodow, perto da fronteira com a Ucrânia, na terça-feira (15).
Suposta cratera aberta por míssil em Przewodów, no distrito de Hrubieszów, na Polônia
Reprodução/ WoW - Wolski o Wojnie / FacebookA Polônia e a Otan disseram que a explosão foi possivelmente causada por um míssil de defesa aérea ucraniano lançado para interceptar mísseis russos disparados contra a infraestrutura civil. Ambas acusaram Moscou de iniciar o conflito.
Da mesma forma, a Casa Branca considerou que não tinha visto "nada que contradissesse" a versão polaca e também afirmou que "o responsável final por esse trágico incidente é a Rússia".
Mas Zelenski insistiu que não há provas de que o míssil fosse ucraniano. "Não tenho dúvidas de que esse míssil não é nosso", disse Zelenski. "Acho que foi um míssil russo, com base em nossos relatórios militares", disse ele.
Inicialmente, o incidente levantou temores de uma escalada no conflito ucraniano. Mas na quarta-feira, o presidente polonês Andrzej Duda chamou de "acidente infeliz" e que o projétil teria saído da defesa aérea ucraniana, culpando a Rússia por seus ataques.
"Não há nada que revele que este foi um ataque intencional contra a Polônia", disse Duda.