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Cúpula da Lituânia: Otan promete convidar Ucrânia quando 'condições forem cumpridas'

O secretário geral da aliança ressalta ainda que país ucraniano não deve ingressar no bloco enquanto a guerra continuar

Internacional|Do R7

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, e sua esposa, junto ao presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, e sua esposa, durante a cúpula da Otan, nesta terça-feira (11)
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, e sua esposa, junto ao presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, e sua esposa, durante a cúpula da Otan, nesta terça-feira (11) O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, e sua esposa, junto ao presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, e sua esposa, durante a cúpula da Otan, nesta terça-feira (11)

Os países da Otan decidiram, na terça-feira (11), que vão convidar a Ucrânia, diante de uma invasão russa, a ingressar na aliança "quando as condições forem atendidas", apesar da pressão do presidente ucraniano, Volodmir Zelensky por um caminho mais claro para a adesão.

"Apresentaremos um convite à Ucrânia para ingressar na Otan quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas", disse o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg.

O anúncio foi feito no fim do primeiro dia da cúpúla da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em Vilnius, capital da Lituânia.

Questionado sobre as "condições" a cumprir, Stoltenberg mencionou a modernização das instituições de Defesa e segurança da Ucrânia, o combate à corrupção e a interoperabilidade logística com o resto da aliança.

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Atualmente, acrescentou, há uma guerra "e, portanto, acho que os aliados concordam em que, enquanto a guerra continuar, esse não é o momento de tornar a Ucrânia um membro pleno da aliança".

Como um gesto de boa vontade, no entanto, os países da OTAN também concordaram em remover o requisito do Plano de Ação de Adesão da Ucrânia (MAP) para participação na aliança.

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O MAP, exigido aos candidatos à adesão, inclui assistência técnica e política da aliança e apoio prático específico em áreas como defesa, economia, segurança e regulamentação legal.

"Isso muda o caminho da adesão da Ucrânia à OTAN de um processo de dois estágios para um processo de apenas um estágio... É um pacote forte para a Ucrânia e um caminho claro para a adesão à OTAN", disse Stoltenberg.

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Zelensky defendeu novamente sua causa em um comício público em Vilnius, onde participará como convidado da cúpula na quarta-feira.

"A OTAN dará segurança à Ucrânia, a Ucrânia fortalecerá a OTAN", proclamou ao lado do presidente lituano, Gitanas Nauseda, antes que uma bandeira ucraniana trazida de Bakhmut, o principal teatro de batalha por meses entre as forças russas e ucranianas, fosse hasteada.

Antes de viajar para Vilnius, Zelensky criticou amargamente a "incerteza" e a "fraqueza" da OTAN em definir o caminho da Ucrânia para a adesão, dizendo que tal atitude alimenta o "terror" russo.

A Rússia indicou que está acompanhando a cúpula de Vilnius "muito de perto", na qual vê "um forte caráter antirrusso". 

Quando o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a intervenção militar na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, ele exigiu, entre outras coisas, que a ex-república soviética tivesse um "status neutro" e garantiu que nunca entraria na OTAN.

No terreno, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou, nesta terça-feira, que as suas tropas avançaram 1,5 km ao longo de parte da frente na região de Donetsk (leste), repelindo tentativas de contraofensiva ucranianas.

Mais armas para a Ucrânia

Também em expressão de apoio, vários países da OTAN anunciaram mais entregas de armas à Ucrânia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que seu país entregará mísseis SCALP de longo alcance (250 km) à Ucrânia.

E o Ministério da Defesa alemão anunciou o envio de nova ajuda militar à ex-república soviética no valor de 700 milhões de euros (cerca de 770 milhões de dólares).

Zelenski deve ter uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden, na quarta-feira (12).

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, também presente na Ucrânia, anunciou no Twitter que 11 países assinaram um memorando para começar a treinar pilotos ucranianos para operar aeronaves F-16 em agosto.

Pressão oriental

Os países do leste, que, como a Ucrânia, foram ex-repúblicas soviéticas ou pertenceram ao bloco comunista, pressionam para que a Ucrânia receba um compromisso explícito sobre os termos de adesão, mas os "pesos-pesados" da OTAN relutam em ir além disso. 

Biden disse na sexta-feira que a adesão da Ucrânia não deve acontecer agora, devido à falta de consenso na aliança e aos riscos de adicionar um país em guerra.

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"Não acho que haja unanimidade na OTAN sobre trazer a Ucrânia para a família da organização agora", disse Biden à CNN.

Neste primeiro dia da cimeira, os países da NATO acordaram também em modificar a meta de investir 2% do seu PIN em despesas militares e comprometer-se a destinar "pelo menos" 2% a despesas de Defesa.

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