Países europeus proíbem Boeing 737 MAX em seu espaço aéreo
A boeing, fabricante da aeronave, afirmou que possui 'total confiança na segurança' no modelo, o mesmo envolvido no acidente na Etiópia
Internacional|Beatriz Sanz e Cristina Charão, do R7
As autoridades britânicas proibiram na manhã desta terça-feira (12) que as aeronaves da Boeing semelhantes a que caiu na Etiópia no fim de semana sobrevoem o espaço aéreo do país. Em seguida, a Irlanda, a Alemanha, a Áustria, a Itália, a Polônia e a França também anunciaram decisão semelhante.
Todos os modelos 737 MAX foram proibidos de pousar ou decolar em aeroportos do Reino Unido e da Irlanda.
Nos demais, apenas o modelo 737 MAX 8, o tipo exato de aeronave que caiu na Etiópia, foi proibido de trafegar.
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Nesta manhã, quando a proibição foi anunciada, dois aviões que estavam a caminho do Reino Unido fizeram o retorno.
A decisão afetou grandes empresas, como a transportadora alemã TUI Airways, que anunciou que todas suas aeronaves do modelo 737 MAX não irão mais voar.
Vários países restringiram voos com o modelo
Mais cedo, Austrália e Cingapura suspenderam as operações de todas as aeronaves Boeing 737 Max tanto para chegadas como para partidas de seus aeroportos.
Na segunda-feira (11), a China proibiu a operação de todas as aeronaves do modelo MAX 8 de empresas chinesas, exemplo que foi seguido pela Indonésia, Omã e Coréia do Sul.
A Boeing, empresa que fabrica os aviões, perdeu valor de mercado após a queda e as medidas anunciadas por governos e empresas de aéreas de não utilizar mais o modelo do avião que caiu.
Empresas aéreas suspendem voos com 737 MAX
Empresas aéreas em todo o mundo já anunciaram que não utilizarão mais as aeronaves para voos comerciais. Nesta terça-feira (12), foi a vez da vez da Norwegian Air Shuttle, a maior companhia aérea norueguesa, decretar que não voará mais com esses modelos da Boeing.
Na América Latina, a Aerolíneas Argentinas e também a brasileira Gol suspenderam os voos com aeronaves 737 MAX 8.
Após a proibição britânica, a empresa divulgou uma nota afirmando que possui "total confiança na segurança" dos jatos 737 MAX e não acrescentou nenhuma nova orientação para os controladores de voo.