Países europeus relaxam proibições de viagens nacionais e na UE
No Reino Unido, aeroporto da cidade de Londres vai voltar com voos nacionais e italianos podem andar por toda a União Europeia a partir de hoje
Internacional|Da EFE
Com a estabilização da pandemia de coronavírus na Europa, diversos países estão começando a relaxar as medidas que proibiam os cidadãos europeus de viajarem dentro e fora dos países.
No Reino Unido, o aeroporto da cidade de Londres retomará seus voos comerciais no território nacional no final de junho e espera fazer o mesmo com os internacionais em julho, embora dependa das medidas de quarentena contra a Covid-19.
"O calendário exato para voos internacionais pode depender da proposta de quarentena para passageiros que chegam ao Reino Unido", disse nesta quarta-feira a administração do terminal aéreo, em um comunicado.
O aeroporto da cidade está fechado para voos comerciais e privados desde 25 de março, em resposta às medidas de confinamento impostas pelo governo britânico para conter a pandemia do novo coronavírus no Reino Unido.
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A partir da próxima segunda-feira, será estabelecida uma quarentena obrigatória para quem entra no país - tanto para cidadão britânico como para estrangeiros - com o objetivo de evitar outro pico da doença.
O aeroporto da cidade, muito popular entre os empresários devido à sua proximidade com o centro financeiro da cidade, é considerado o 12º maior do país e estima-se que cerca de 5,1 milhões de passageiros passem por ele todos os anos.
Os últimos números oficiais no Reino Unido indicam que o número de mortes diárias por Covid-19 subiu para 324 na última segunda-feira, atingindo um total de 39.369 vítimas durante a pandemia.
Italianos poderão viajar pela UE
A Itália, após quase três meses de fechamento, permite a partir desta quarta-feira (3) a livre circulação entre regiões e abre suas fronteiras aos países da União Europeia.
"Hoje parece uma conquista se pensarmos nas condições de alguns meses atrás. Fizemos isso com o sacrifício de todos, lembrando que precisamos saber que o vírus ainda mora conosco", disse o ministro de Assuntos Regionais, Francesco Boccia, lembrando dos "33 mil mortos e os profissionais de saúde que fizeram um esforço incrível".
Depois de algumas divisões entre os presidentes da região, especialmente no sul e nas ilhas, que temiam a chegada de cidadãos do norte - onde ainda ocorre o maior número de infecções -, a "circulação incondicional" foi finalmente imposta, embora cada região tenha escolhido medidas para detectar possíveis positivos.
Com liberdade de movimento, a partir de hoje longas filas de carros foram formadas em Messina, na Sicília, para poder chegar ao continente.
Também foi registrado um aumento significativo no número de passageiros que se dirigem para as principais estações de ferroviárias de Milão.
A ministra dos Transportes, Paola De Micheli, foi hoje à estação Termini, em Roma, para confirmar como a chegada dos trens e a medição da temperatura estão acontecendo.
Este é também o primeiro dia de reabertura das fronteiras sem a necessidade de quarentena para os cidadãos dos países pertencentes ao Espaço Schengen, razão pela qual a vigilância nos aeroportos do país, como Fiumicino, em Roma, foi intensificada.
No aeroporto da capital está prevista para hoje aproximadamente 100 voos entre partidas e chegadas, dos quais cerca de 60 em rotas nacionais e, destes, 20 tem como destino o norte da Itália.