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Paraguai: doleiro brasileiro que teria lavado US$ 1,6 bi está no país

Dario Messer é foragido da Justiça brasileira, implicado em esquema de lavagem de dinheiro descoberto em desdobramento da Lava-Jato

Internacional|Da EFE

Doleiro Dario Messer é acusado de lavagem de dinheiro
Doleiro Dario Messer é acusado de lavagem de dinheiro

O ministro do Interior do Paraguai, Juan Ernesto Villamayor, garantiu nesta quarta-feira (20) que o doleiro brasileiro Dario Messer, procurado no Brasil como suposto responsável de um esquema de lavagem de dinheiro, "está no Paraguai", mas admitiu desconhecer seu paradeiro concreto.

Messer é foragido da Justiça brasileira por supostamente ter realizado operações de lavagem de dinheiro que teriam movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países.

No Paraguai, Messer está declarado à revelia por supostas operações irregulares avaliadas em US$ 40 milhões, feitas através de empresas das quais ele era acionista.

Villamayor disse aos veículos de imprensa que as forças policiais continuam procurando o doleiro no país, mas acrescentou que "o Paraguai é grande e é difícil encontrar uma pessoa".


EM VÍDEO: Ministério Público denuncia o doleiro Dario Messer por lavagem de dinheiro

O titular de Interior paraguaio já havia feito uma afirmação semelhante em janeiro. Naquela ocasião, relatou que Messer poderia contar com uma "rede de proteção", na qual haveria o envolvimento de policiais.


Doleiro poderia ter ligações com ex-presidente paraguaio 

Villamayor também se pronunciou sobre a decisão tomada na terça-feira pela comissão bicameral do Congresso paraguaio que investiga as atividades de Messer no país de não voltar a convocar o ex-presidente Horacio Cartes.


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Cartes, do Partido Colorado, que governa o país, não se apresentou nas duas ocasiões em que foi convocado a depor e solicitou fazê-lo por escrito, o que foi negado pela comissão.

Villamayor afirmou que respeita "absolutamente" essa resolução da comissão, que inclui não recorrer ao juiz competente para que emita uma posição sobre a ausência de Cartes.

O presidente da comissão, o senador governista Rodolfo Friedmann, tinha anunciado que o juiz seria comunicado sobre essa ausência, o que poderia acarretar em multa e prisão domiciliar para o ex-governante.

O comparecimento de Cartes foi anunciado no fim do ano passado, depois que seu nome apareceu na declaração de uma ex-funcionária da Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro e Bens.

A funcionária mencionou a existência de um relatório da secretaria que constatava "supostos vínculos comerciais" entre Messer e Cartes.

A comissão emitiu um relatório preliminar em dezembro de 2018 que concluiu que existiu apoio político de distintos setores que cobriam as operações de Messer no Paraguai.

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