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Paris e Berlim não aceitarão renegociação de Brexit

Macron e Merkel expressaram a 'unidade total' sobre o Brexit e reivindicaram a Londres 'uma visão clara e um projeto concreto' para a 'saída ordenada'

Internacional|Da EFE

'Acordo não pode ser renegociado', afirmou Macron
'Acordo não pode ser renegociado', afirmou Macron

O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, fecharam as portas para uma renegociação do tratado do Brexit nesta quarta-feira (27) e admitiram um atraso da data de saída do Reino Unido apenas se for justificado por uma nova perspectiva".

Em um comparecimento conjunto em Paris, os líderes de ambos os países expressaram a "unidade total" sobre esse assunto e reivindicaram a Londres "uma visão clara e um projeto concreto" para a "saída ordenada".

"O acordo de retirada não pode ser renegociado. Se os britânicos querem mais tempo, podemos examinar um pedido de atraso, mas só for está justificado por novas propostas. Mas não faremos se não houver uma perspectiva clara sobre qual é o objetivo a perseguir", indicou o presidente francês.

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Para Macron, a situação provocada pela rejeição do Parlamento britânico ao acordo alcançado entre a primeira-ministra britânica, Theresa May, e a UE não será solucionada com mais tempo, mas com "determinação".


"Os britânicos têm que tomar decisões e nos oferecer o que se deve aos parceiros, amigos e aliados: uma visão clara e um projeto comum para o futuro", indicou.

No mesmo sentido se expressou Merkel, que viajou a Paris para preparar junto com Macron o Conselho Europeu de 21 e 22 de março próximos.


"Se o Reino Unido quer mais tempo, não nos oporemos, mas sabendo que o objetivo é encontrar uma saída ordenada", indicou a chanceler, que afirmou que já comunicou sua postura a May durante a recente cúpula de Sharm El-Sheikh, no Egito, entre a UE e a Liga Árabe.

Merkel lamentou a rejeição do Parlamento britânico em 15 de janeiro ao acordo e afirmou que seguirão buscando "uma boa solução" de saída do Reino Unido.

May abriu falou, pela primera vez, sobre a possibilidade de pedir um atraso da data de saída da UE, prevista para 29 de março.

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