Parlamentares britânicas condenam mídia por tratamento a Meghan
Setenta e duas mulheres assinaram carta aberta em que se dispõem a proteger duquesa dos ataques de tabloides e invasões de privacidade
Internacional|Do R7
Setenta e duas parlamentares britânicas de diferentes partidos políticos condenaram a forma com a qual a mídia trata a duquesa de Sussex, Meghan Markle.
Em carta aberta, elas dizem que tabloides e jornais adotam “tons desatualizados e coloniais” na cobertura dos assuntos envolvendo a duquesa e afirmam que esse comportamento “não pode ser permitido de passar sem contestação”.
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A rixa entre tabloides e Meghan e seu marido, o príncipe Harry, é antiga. Desde o começo do namoro dos dois, manchetes racistas e sensacionalistas estampam jornais e sites. Agora, as parlamentares prometeram fazer tudo em seu poder para garantir que a imprensa respeite o direito à privacidade da Duquesa.
Em documentário exibido pela emissora ITV, Meghan conta que foi alertada por amigos que os tabloides destruiriam sua vida caso ela se casasse com o príncipe.
Ela e o marido estão processando o tabloide Mail on Sunday por invasão de privacidade e quebra de direitos autorais ao postarem uma carta que ela enviou ao pai. O jornal não é o único na mira de processos do casal real, os tabloides The Sun e Daily Mirror também podem ter que responder por possível invasão ao celular da duquesa.
Confira a carta:
“Como mulheres parlamentares de todos os partidos políticos, nós queremos expressar nossa solidariedade com você ao se posicionar contra a natureza muitas vezes desagradável e enganosa das histórias impressas em vários jornais nacionais a seu respeito, seu papel e sua família.
Em ocasiões, histórias e manchetes representaram uma invasão a sua privacidade e procuraram criar aversão sobre você sem nenhum bom motivo, pelo que podemos ver.
Ainda mais preocupante, nós estamos chamando atenção ao que só pode ser descrito como tons coloniais e desatualizados de algumas dessas histórias. Como mulheres parlamentares de todas as origens, apoiamos você dizendo que isso não pode ser permitido sem contestação.
Embora nos encontremos sendo mulheres na vida pública de uma maneira muito diferente da sua, compartilhamos uma compreensão sobre os abusos e intimidações que agora são tão frequentemente usados como um meio de depreciar as mulheres em cargos públicos e de continuar com nosso trabalho muito importante.
Com isso em mente, esperamos que a mídia nacional tenha integridade para saber quando uma história é do interesse nacional e quando ela procura derrubar uma mulher sem motivo aparente. Você tem nossas garantias de que estamos solidários com você. Usaremos os meios à nossa disposição para garantir que nossa imprensa aceite seu direito à privacidade e mostre respeito, e que suas histórias reflitam a verdade. ”