Parlamento britânico rejeita plano de May para o Brexit mais uma vez
Primeira-ministra britânica buscava apoio para novamente tentar seguir negociando o plano do Brexit junto à União Europeia em Bruxelas
Internacional|Da EFE
O parlamento do Reino Unido rejeitou, nesta quinta-feira (14), uma moção com a qual a primeira-ministra do país, Theresa May, buscava o apoio dos deputados ao plano do governo para continuar negociando o acordo do Brexit com a União Europeia (UE).
O setor mais crítico ao bloco europeu dentro do Partido Conservador, liderado por May, criticou o texto porque ele incorporava de forma implícita uma emenda já aprovada em janeiro, que prevê que a Câmara dos Comuns descarta deixar a UE sem acordo.
A derrota da moção de May, que recebeu 303 contrários e 258 favoráveis, tem peso simbólico, mas aumenta a pressão sobre a primeira-ministra e volta a evidenciar que ela não é capaz de controlar um grupo de deputados rebeldes de seu próprio partido.
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Os 'tories' rebeldes anunciaram minutos antes da votação que iriam se abster, o que provocou a derrota da primeira-ministra.
O ministro para o "Brexit" do Reino Unido, Stephen Barclay, tentou ganhar o apoio desse grupo crítico do Partido Conservador que o governo deixará a UE na data prevista — 29 de março deste ano —, mesmo que a Câmara dos Comuns não tenha ratificado o acordo de saída do bloco europeu até lá. O esforço, porém, não deu resultado.
May descarta a hipótese de deixar a UE sem acordo, um cenário considerado como uma das principais falhas do governo pelos deputados conservadores que se opõem ao plano da primeira-ministra.
Nas discussões de hoje, May prometeu que voltará à Câmara dos Comuns no fim deste mês para submeter à votação o seu plano de saída da UE caso não tenha conseguido renegociar o acordo do "Brexit".
Apesar das declarações do ministro para o "Brexit" hoje, a imprensa britânica afirma que o responsável por liderar a equipe de negociação do Reino Unido, Olly Robbins, tem outros planos.
Em uma conversa revelada por um jornalista, Robbins afirmou que o governo pretende pedir uma extensão do prazo para deixar a UE caso não consiga aprovar um acordo na Câmara dos Comuns.