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Partido Conservador cobra "Brexit duro" e separação clara da UE

Em carta enviada à primeira-ministra Theresa May, 60 parlamentares pediram que a Grã-Bretanha possa romper de imediato com regras da UE

Internacional|Do R7

Mais de 60 parlamentares conservadores escreveram à primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, exigindo uma separação rápida e clara da União Europeia, aumentando a pressão para que a líder endosse um "Brexit duro" antes de uma reunião para decidir a postura do país nas negociações.

May, cujos governo e partido estão divididos a respeito do Brexit, só tem oito meses para acertar um acordo de desfiliação do bloco, mas insiste que o Reino Unido se separará no dia 29 de março de 2019.

O grupo de 62 parlamentares de sua sigla exigiu uma abordagem mais dura em uma série de áreas, inclusive o direito britânico de romper com as regras da UE depois da separação e os termos de qualquer período de transição.

"Seu governo precisa ter a capacidade de mudar as leis e regras britânicas assim que partirmos, em vez de aceitar regras", disseram os parlamentares na carta, entre eles o ex-líder Iain Duncan Smith e o ex-secretário de Desenvolvimento Priti Patel.


A UE vem pedindo a May insistentemente que esclareça como vê o relacionamento futuro de seu país com o bloco, mas a premiê, que perdeu sua maioria parlamentar em uma eleição antecipada mal calculada, tem relutado em apresentar muitos detalhes por seu partido estar tão dividido na questão.

May receberá os principais ministros em sua residência campestre de Chequers na quinta-feira para tentar mediar um acordo entre as facções. Depois se espera que ela delineie seus planos em um discurso nas próximas semanas, antes de iniciar conversas formais sobre o comércio em março.


Na carta, os parlamentares dizem que só apoiarão um período de transição --preferido pelos defensores de um Brexit "mais suave", durante o qual o Reino Unido permaneceria em muitas das estruturas existentes da UE-- se todos os detalhes forem totalmente negociados até março do ano que vem.

O Reino Unido precisa ser capaz de mudar suas leis sem autorização de Bruxelas a partir do momento em que deixar formalmente o bloco, argumentam.


Na terça-feira, o ministro do Brexit, David Davis, disse almejar um sistema de "reconhecimento mútuo" no qual os dois lados combinem metas regulatórias comuns, como a proteção ao consumidor ou a estabilidade financeira, mas possam desenvolver suas próprias políticas para atingir estas metas.

Líderes da UE alertaram que Londres não pode ter liberdade das regulamentações do bloco e um comércio sem atritos ao mesmo tempo.

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