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Paul Rusesabagina, herói de 'Hotel Ruanda', chega ao Catar após libertação

Fora da prisão, opositor ajudou, em 1994, 1.200 pessoas a escapar de genocídio em país africano

Internacional|

Rusesabagina, que teve sua história contada em filme, com uniforme de presidiário em 2020
Rusesabagina, que teve sua história contada em filme, com uniforme de presidiário em 2020 Rusesabagina, que teve sua história contada em filme, com uniforme de presidiário em 2020

O opositor ruandês Paul Rusesabagina, que inspirou o filme Hotel Ruanda, sobre o genocídio tútsi, chegou ao Catar nesta segunda-feira (27), após passar mais de 900 dias preso em seu país, informaram fontes diplomáticas.

O opositor de 68 anos passará por exames médicos em Doha antes de embarcar na quarta-feira (29) para os Estados Unidos, onde é residente permanente, detalharam as fontes.

Rusesabagina foi condenado em Ruanda a 25 anos de prisão por terrorismo, mas sua pena foi comutada pelo presidente Paul Kagame em virtude de um acordo entre os Estados Unidos e Ruanda com a ajuda do Catar.

Atribui-se a Rusesabagina — que foi gerente de um hotel na capital ruandesa, Kigali — ter ajudado 1.200 pessoas a escaparem do genocídio de Ruanda, em 1994. Durante o massacre, cerca de 800 mil pessoas morreram, a maioria delas tútsis, mas também hutus moderados. Sua história inspirou o filme Hotel Ruanda, indicado ao Oscar em 2005, o que lhe deu notoriedade.

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Rusesabagina foi preso depois de um processo que seus partidários criticaram como uma “farsa” e disseram que o julgamento estava repleto de irregularidades. Ele foi acusado de apoiar a Frente de Libertação Nacional (FLN), um grupo insurgente responsabilizado por ataques em Ruanda em 2018 e 2019.

Rusesabagina nega qualquer envolvimento nos ataques, mas é um dos fundadores do Movimento Ruandês pela Mudança Democrática (MRCD), um grupo de oposição do qual a FLN é considerada o braço armado. As negociações para a sua libertação começaram no fim de 2022 e tiveram avanços significativos na semana passada, após discussões entre o presidente Kagame e o emir do Catar, segundo uma fonte ligada ao caso.

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