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‘Paz de vigilância’: o que patrulha da Rússia e da China representa para a segurança da Ásia

Coreia do Sul e Japão apresentam protestos formais contra aviões em exercícios próximos a espaços aéreos

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Coreia do Sul mobilizou aeronaves para interceptar patrulha conjunta da Rússia e China próxima ao seu espaço aéreo.
  • O exercício militar gerou protestos formais do Japão e da Coreia do Sul, destacando a tensão na região.
  • Especialistas alertam para o aumento da coordenação militar entre Moscou e Pequim e possíveis crises diplomáticas.
  • As ações podem pressionar países asiáticos a reforçarem suas alianças militares com potências ocidentais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A Coreia do Sul mobilizou aeronaves de guerra para interceptar uma patrulha da Rússia e da China próxima ao espaço aéreo do país. O Ministério da Defesa sul-coreano disse que os aviões passaram cerca de uma hora sobre uma região do sudeste japonês, onde é necessária a identificação, nesta terça-feira (9).

“Embora essas patrulhas conjuntas já se repitam há algum tempo, neste momento acaba acirrando aquilo que já está estabelecido. Trata-se, a meu ver, de mais uma manifestação da crescente coordenação militar entre Moscou e Pequim”, avalia o professor de relações internacionais Kleber Galerani, em entrevista ao Conexão Record News.


Patrulha em zonas sensíveis pode elevar o risco de incidentes e erros de cálculo, diz professor Reprodução/Record News

No leste da Ásia, o momento é de tensão — no último mês, a primeira-ministra do Japão insinuou que poderia intervir se a China invadisse o território de Taiwan, uma ilha autônoma. De acordo com a Rússia, o exercício conjunto tinha caráter defensivo, durou oito horas e não invadiu o espaço aéreo internacional.

O especialista entende que, no caso da Coreia do Sul e do Japão, tradicionalmente alinhados aos Estados Unidos, existe um aviso duplo no sentido da soberania e da segurança regional estarem sob teste, e de um alinhamento militar entre chineses e russos ganhar uma densidade mais perigosa.


Ele aponta para uma possível piora de crises diplomáticas e militares. “Esse tipo de patrulha conjunta em zonas sensíveis acaba elevando o risco de algum tipo de incidente, algum erro de cálculo”. Nesta quarta (10), Seul e Tóquio fizeram protestos formais sobre a ação militar, o que, segundo Galerani, expõe fragilidades.

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“Os países do leste asiático podem sentir-se pressionados a reforçar as suas alianças, restabelecendo vetores de operação militar com potências ocidentais, o que, de algum modo, acirraria ainda mais a rivalidade entre os blocos na região”, diz.


Ele argumenta que, no médio prazo, esse padrão de demonstração de força pode redefinir o equilíbrio de segurança no Indo-Pacífico. “No tabuleiro asiático, a paz de vigilância pode se tornar uma regra, ou vem se tornando uma regra”, conclui.

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