Pentágono diz ter 'amplo leque de possibilidades' para a Venezuela
Departamento afirmou que 'todas as opções estão sobre a mesa' ao ser questionado sobre chance de uma intervenção militar no país sul-americano
Internacional|Da EFE
O secretário interino do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, Patrick Shanahan, afirmou nesta sexta-feira (3) que o Pentágono dispõe de "um amplo leque de possibilidades" na Venezuela, depois de se reunir com alguns dos principais responsáveis de segurança e inteligência americanos para abordar a situação no país sul-americano.
"Temos um amplo leque de possibilidades ajustadas a diferentes condições", disse Shanahan, em entrevista à imprensa.
"Todas as opções estão sobre a mesa", reforçou o chefe do Pentágono, ao ser perguntado sobre a possibilidade de Washington ordenar uma intervenção militar na Venezuela.
Shanahan reuniu-se nesta sexta-feira no Pentágono com o secretário de Estado, Mike Pompeo, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, o diretor da Inteligência Nacional, Dan Coats, o chefe do Estado-Maior Conjunto do Exército, o general Joseph Dunford; e o responsável pelo Comando Sul das Forças Armadas, o almirante Craig Faller.
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Quando perguntado se os EUA avaliam enviar um porta-aviões à região, o titular de Defesa americano brincou e declarou "que há muita água nas proximidades" da Venezuela, sem querer entrar em mais detalhes.
Shanahan também não quis avaliar se a crescente tensão na Venezuela pode representar uma ameaça nacional para os EUA e ressaltou que agora toda a atenção está centrada no presidente Nicolás Maduro e em seu "regime ilegítimo".
Os EUA apoiam o líder opositor Juan Guaidó, que em janeiro deste ano se autoproclamou presidente interino da Venezuela e na terça-feira passada liderou uma tentativa de levante militar, que foi perdendo fôlego ao longo da semana.
Em resposta a uma pergunta sobre se os EUA não temem estar lidando com informações erradas sobre a Venezuela, como aconteceu no Iraque, Shanahan manifestou total confiança nos dados do governo americano.
"Tenho muita confiança na qualidade e precisão da informação que estamos obtendo. Não acredito que haja uma falha de inteligência, acredito que temos muito bons relatórios", destacou.