Uma pequena embarcação, com 108 migrantes, chegou nesta quarta-feira (18) à ilha de Lampedusa, no sul da Itália, região que recebeu 570 pessoas nas últimas duas semanas, segundo veiculou a imprensa italiana.
O grupo foi imediatamente conduzido para o centro de amparo montado no local, que está lotado pelos desembarques em massa nos últimos dias, segundo afirmou o prefeito de Lampedusa, Totò Martello.
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O secretário-geral do Sindicato de Polícia Autônoma, Stefano Paoloni, admitiu que o sistema de segurança da região está em colapso. Foi a autoridade que confirmou o número de 570 migrantes chegando à localidade.
Os desembarques mais recentes não envolveram pessoas resgatadas por ONGs em alto mar, mas grupos autônomos que não foram interceptados pela Guarda Litorânea da Itália.
Paralelamente, o navio "Ocean Viking", das ONGs SOS Méditerranée e Médicos Sem Fronteiras (MSF), espera com 109 migrantes na costa, enquanto nenhum país autoriza o atracamento em um porto.
Nesta quarta-feira, a MSF informou através das redes sociais que o governo da Líbia indicou um ponto de desembarque, mas que a oferta foi rejeitada, por não se tratar de uma região segura.
As autoridades foram informadas através de um telefone disponibilizado para informações de migrantes, que outro navio, com 45 pessoas a bordo, navega há dois dias perto de Malta.
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, pediu na sede da União Europeia que os países do continente aprovem um mecanismo automático de redistribuição dos migrantes que viajam pelo Mediterrâneo.