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 Peru diz que não impedirá entrada de imigrantes venezuelanos

Chanceler esclareceu que as medidas anunciadas recentemente pelo governo peruano só buscam organizar a situação

Internacional|Do R7

Muitos venezuelanos no Equador tentam entrar no Peru
Muitos venezuelanos no Equador tentam entrar no Peru

O chanceler do Peru, Néstor Popolizio, afirmou nesta terça-feira que o governo local não impedirá a entrada de venezuelanos no país, apesar das novas medidas adotadas para regular a circulação dos imigrantes pela fronteira.

"Em nenhum momento esteve no desejo das autoridades peruanas impedir a migração venezuelana. Isso não vai ocorrer. O Peru está aberto para receber os imigrantes venezuelanos de forma permanente", disse o ministro em entrevista coletiva realizada em Lima.

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Popolizio esclareceu que as medidas anunciadas recentemente pelo governo peruano só buscam organizar a situação. O chanceler também destacou que o país precisa ser solidário com os venezuelanos e prometeu que não há intenção de deportá-los.

"Não há previsão de iniciar qualquer processo de deportação dos venezuelanos em situação irregular", disse o chanceler.


A polêmica começou no último dia 19, quando entrou em vigor uma norma que estabelece 31 de dezembro deste ano como prazo para que os venezuelanos solicitem a Permissão Temporária de Permanência (PTP), documento que os autoriza a morar e trabalhar no Peru.

A nova regra também reduziu o alcance do PTP. Antes, a autorização podia ser pedida pelos venezuelanos que chegassem ao país até o dia 31 de dezembro. Agora, apenas aqueles que cruzarem a fronteira antes do fim de outubro poderão solicitar o documento.


O anúncio das medidas coincidiu com o momento em que o Peru registrou o recorde de 5,1 mil venezuelanos entrando no país em um único dia. Mas o chanceler ressaltou que as medidas são necessárias para garantir a segurança e a ordem na migração.

"É importante que todos passem por um processo que permita que as autoridades saibam que eles são, para que possamos dar-lhes as facilidades correspondentes para que trabalhem, para que vão a escola ou que possam ser atendidos no sistema de saúde", disse.

Segundo o chefe da diplomacia peruana, as medidas são preventivas para evitar o surgimento de "sentimentos de xenofobia".

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