Peru pode conceder visto a venezuelanos vulneráveis

Visto humanitário seria concedido a crianças, idosos e grávidas, apesar da nova norma que passa a exigir passaporte entrar em vigor no sábado

22/08/2018 - 22h46 (Atualizado em 20/04/2024 - 14h41)

O Peru informou nesta quarta-feira que pode conceder vistos humanitários para os venezuelanos em situações vulneráveis, como crianças, idosos e mulheres grávidas que não têm passaporte, dias depois que o governo decidiu endurecer as exigências para entrar no país.

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Os venezuelanos terão que mostrar passaportes para ingressar no Peru a partir de sábado, quando uma nova norma que exige esses documentos entra em vigor para imigrantes que fogem de seu país, oprimidos por uma grave crise econômica.

O primeiro-ministro, César Villanueva, afirmou que a medida de solicitação do passaporte não implica "fechar as portas", mas ter um melhor controle migratório, porque os documentos de identidade que os venezuelanos mostram agora para entrar no país não fornecem todas as informações necessárias.

"Por decisão expressa do presidente (Martín) Vizcarra vamos contemplar as questões das crianças, mulheres que estão em processo de gestação, idosos, terão um tratamento atencioso em relação a essas exigências que estamos tomando", disse Villanueva em conferência de imprensa.

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O ministro do Exterior peruano, Néstor Popolizio, afirmou em uma reunião com um grupo de jornalistas na noite de terça-feira que o visto humanitário seria aplicado em casos "excepcionais", para não deixar crianças ou idosos sem passaporte desamparados.

Veja a galeria:

A conversão monetária que retirará cinco zeros do bolívar forte, que será a nova moeda na Venezuela, a partir da próxima segunda-feira (20), veio em um momento em que a quantidade de dinheiro para a compra de qualquer produto já se tornara imensa. Um pacote de 1 kg de massa é retratado ao lado de 2.500.000 bolívares, seu preço é o equivalente a 0,38 dólares (R$ 1,48), em um mini-mercado em Caracas, Venezuela, no bairro de Catia

Uma barra de sabão é retratada ao lado de 3.500.000 bolívares. Seu preço é o equivalente a 0,53 dólares (R$ 2,07). Outra medida é o fim do subsídio aos combustíveis, o que aumentará o preço do produto

Mas tal medida ainda não tem data para entrar em vigor. Na foto, 1 kg de queijo é retratado ao lado de 7.500.000 bolívares, com o preço equivalente a 1,14 dólares (R$ 4,45)

Já um pacote de arroz custa 2,500,000, equivalente a 0,38 dólares (R$ 1,48). O objetivo do governo de Nicolás Maduro, sem recursos, é aumentar a arrecadação. O combustível venezuelano provavelmente deixará de ser o mais barato do mundo

Para a compra de 1 kg de cebola são necessários 3,000,000 bolívares, ou 0,46 dólares (R$ 1,79)

Já um pacote de 1 kg de farinha de milho atualmente vale 2,500,000 bolívares, o mesmo que 0,38 dólares (R$ 1,48)

Um pacote de fraldas é comprado por 8,000,000 bolívares, ou 1,22 dólares (R$ 4,76)

Absorventes são vendidos por 3,500,000 bolívares em média, que na conversão para o dólar custam 0,53 (R$ 2,07)

A tão sonhada carne no prato dos venezuelanos é mais cara, chegando a 9,500,000 o kg, o mesmo que 1,45 dólares (R$ 5,66)

Também o tomate é caro diante do poder aquisitivo da população. O kg custa 5,000,000 ou 0,76 dólares (R$ 2,96)

Um rolo de papel higiênico não é nada barato para os venezuelanos. Custa em média 2,600,000 bolívares, ou 0,40 dólares (R$ 1,56)

Em crise sem precedentes, Venezuela anuncia fim da gasolina mais barata do mundo

E o que dizer de meio quilo de margarina, que custa 3,000,0000 bolívares, em dólar um valor de 0,46 (R$ 1,79)? Carestia, essa é a resposta. Para os venezuelanos, é um valor alto, já que a inflação de 1.000.000% ao ano (prevista pelo Fundo Monetário Internacional para 2018) está corroendo a economia local
Domingo Espetacular: saiba os detalhes da crise econômica na Venezuela

A conversão monetária que retirará cinco zeros do bolívar forte, que será a nova moeda na Venezuela, a partir da próxima segunda-feira (20), veio em um momento em que a quantidade de dinheiro para a compra de qualquer produto já se tornara imensa. Um pacote de 1 kg de massa é retratado ao lado de 2.500.000 bolívares, seu preço é o equivalente a 0,38 dólares (R$ 1,48), em um mini-mercado em Caracas, Venezuela, no bairro de Catia