Resumindo a Notícia
- Pesquisadores encontraram 168 gravuras aéreas visíveis no deserto de Nazca, no Peru
- Equipe da Universidade de Yamagata usou drones e outros métodos para descobrir marcações
- Designs recém-descobertos incluem figuras humanas, orcas, pássaros, cobras, camelos e gatos
- Acredita-se que figuras tenham sido gravadas no solo entre cerca de 100 a.C. e o ano 300
168 gravuras aéreas visíveis foram encontradas no Patrimônio Mundial das Linhas de Nazca
Reprodução Universidade de YamagataUma equipe de pesquisadores da Universidade de Yamagata, no Japão, anunciou que encontrou, neste mês de dezembro, 168 novos desenhos, conhecidos como geóglifos, no Patrimônio Mundial das Linhas de Nazca, no deserto de Nazca, no Peru, e áreas ao redor.
O professor de antropologia cultural e arqueologia andina Masato Sakai usou drones e outros métodos para descobrir as novas marcações, segundo o jornal japonês The Mainichi. As figuras recém-descobertas representam humanos junto com orcas, pássaros e cobras, bem como camelos e gatos. O trabalho foi realizado em parceria com arqueólogos locais entre junho de 2019 e fevereiro de 2020.
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O estudo contou também com as informações coletadas por um moderno equipamento que usa feixes de laser para fazer uma varredura de determinada área. Assim foi possível localizar 168 figuras gravadas no solo. As linhas datam de um período entre 100 a.C. e o ano 300.
A Universidade de Yamagata estuda as Linhas de Nazca desde 2004. Em 2012, intensificou sua pesquisa acadêmica com o estabelecimento do Instituto da Universidade Yamagata de Nazca no deserto peruano. Estudos anteriores do grupo até 2018 revelaram outras 190 figuras, totalizando 358 descobertas.
Designs incluem figuras humanas, orcas, pássaros, cobras, camelos e gatos
Reprodução Universidade de YamagataAtualmente, os estudiosos trabalham com o Centro de Pesquisa Thomas J. Watson, da IBM, para usar inteligência artificial para o estudo da distribuição das figuras. A equipe fará uso dos dados coletados nas últimas descobertas e espera progredir na resolução dos mistérios das Linhas de Nazca.
Em uma coletiva de imprensa, em 8 de dezembro, Sakai expressou a esperança de que a última descoberta ajudasse nesse objetivo: "Se pudermos confirmar um padrão na distribuição das figuras, conseguiremos talvez entender as intenções por trás de sua criação. Isso pode ser um passo para entender com que propósito eles foram criados".
*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques
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