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Pintura de Monet 'desaparecida' desde o Holocausto ressurge para leilão nos Estados Unidos

Obra de arte ficou 70 anos em uma coleção particular e agora poderá ser arrematada por mais de R$ 116 milhões

Internacional|Maria Cunha*, do R7

A pintura “La Mare, Effet de Neige”, de Claude Monet, será leiloada no início de maio
A pintura “La Mare, Effet de Neige”, de Claude Monet, será leiloada no início de maio

A pintura La Mare, Effet de Neige ("O Lago, Efeito de Neve", em tradução livre), de Claude Monet, apareceu pela primeira vez na 4ª Exposição Impressionista, em 1879. O quadro, que se acreditava estar perdido, passou os últimos 70 anos em uma coleção particular e agora será leiloado.

A obra é um exemplo da experimentação do pintor francês com o movimento impressionista. A tela exibe uma paisagem coberta de neve em tons de azul, branco e rosa.

Para Anika Guthrum, diretora internacional de arte do século 20 e 21 da Christie’s, casa de leilões que vai vender o quadro, a pintura é inegavelmente uma das obras-primas do movimento artístico.

“A espontaneidade e a liberdade de execução vistas na renderização da luz e da atmosfera é um verdadeiro tour de force. O manto de neve branca, derretendo à beira do lago, é um pretexto genial para o artista revelar, com toques de azul prateado e tons de rosa, uma pitada da primavera que está por vir”, afirma.


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Para que fosse possível pôr a obra à venda, foi feito um acordo entre os atuais proprietários do quadro e os herdeiros de Richard Semmel, judeu que teve a pintura levada pelos nazistas na década de 1930.

Segundo a casa de leilões, seu departamento de restituição “descobriu novas informações importantes” sobre a proveniência da obra e, por meio de uma pesquisa cuidadosa e de um diálogo aberto, foi capaz de reconhecer a “história complicada” por trás de La Mare, Effet de Neige.


Os princípios da Conferência de Washington de 1988 sobre ativos do período do Holocausto encorajam os proprietários do pré-guerra e seus herdeiros a se apresentar e divulgar suas reivindicações sobre as obras que foram confiscadas pelos nazistas e não restituídas posteriormente.

Os termos do acordo não foram divulgados, mas estima-se que a pintura alcançará entre 18 milhões e 25 milhões de dólares, o equivalente a um valor entre R$ 83,7 milhões e R$ 116,25 milhões, quando for a leilão, em 12 de maio.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Pablo Marques

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