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Pivô de protestos no Iraque, clérigo faz greve de fome até violência acabar

Manifestantes invadiram palácios do governo após Muqtada al Sadr anunciar sua retirada da política; número de mortos nos confrontos com as forças de segurança subiu para 23

Internacional|R7, com EFE e AFP

Líder populista Muqtada al-Sadr faz um discurso televisionado em Najaf, no Iraque
Líder populista Muqtada al-Sadr faz um discurso televisionado em Najaf, no Iraque Líder populista Muqtada al-Sadr faz um discurso televisionado em Najaf, no Iraque

O influente clérigo xiita Muqtada al Sadr iniciou uma greve de fome "até que a violência acabe" no Iraque, após um dia de manifestações violentas depois que ele anunciou sua retirada da política.

"Sua Eminência anuncia uma greve de fome até que a violência e o uso de armas acabem. Porque expulsar os corruptos não dá a ninguém, seja quem for, uma justificativa para o uso da violência", disse um dos líderes do movimento sadrista, Hassan al Azari, em breve comunicado no Facebook.

O comunicado ocorreu após confrontos armados ferozes em torno da chamada Zona Verde, uma área fortemente patrulhada de Bagdá onde ficam o Palácio Presidencial e o Palácio do Governo, ambos invadidos na última segunda-feira (29) por manifestantes sadristas, assim como a sede do Parlamento.

Uma fonte do Comando de Operações de Bagdá disse à Agência Efe, sob a condição de anonimato, que confrontos com disparos de metralhadoras e lança-foguetes antitanque RPG-7 estão ocorrendo perto da Zona Verde entre as forças de segurança e a milícia Saraya al Salam (Brigadas de Paz), ligadas a Sadr.

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De acordo com um balanço atualizado, o número de seguidores de Sadr mortos nos confrontos subiu para 23. E pelo menos 380 pessoas ficaram feridas, algumas atingidas por tiros e outras por inalação de gás lacrimogêneo. 

Autoridades iraquianas anunciaram um toque de recolher em Bagdá que entrou em vigor às 15h30 (horário local), e depois o estenderam a todo o país a partir das 19h. Entretanto, a violência retornou na madrugada, com tiros de armas automáticas e disparos de foguetes na Zona Verde.

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Fora da região, o restante de Bagdá registrava um clima tranquilo, com um toque de recolher nacional prorrogada para esta terça-feira (30). O comércio permaneceu fechado e poucos veículos circulavam pelas ruas.

A violência envolve os seguidores do clérigo influente contra o exército e os combatentes do grupo Hashed al Shabi (Unidades de Mobilização Popular, PMU), ex-movimento paramilitar pró-Irã agora integrado às tropas oficiais.

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Os distúrbios começaram quando oas manifestantes invadiram o Palácio da República. Durante a tarde foram ouvidos os primeiros disparos. Mais tarde a situação piorou: os seguidores de Sadr trocaram tiros com o exército e os integrantes do Hashed al Shabi.

O Iraque enfrenta uma crise política desde as eleições legislativas de outubro de 2021. As forças políticas xiitas, em particular a de Moqtada Sadr, não alcançam um acordo para a designação de um novo primeiro-ministro e um novo governo.

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