Polícia da França intensifica buscas a suspeito de ataque a mercado
Membros das forças especiais patrulham a fronteira entre França e Alemanha para tentar localizar Cherif Chekatt, que está foragido
Internacional|Cristina Charão, do R7, com Reuters
O homem suspeito de matar três pessoas em um ataque contra um mercado natalino em Estrasburgo, na França, segue foragido e mobiliza a polícia francesa. Forças de segurança realizam buscas no nordeste da França para encontrar Cherif Chekatt, 29, foi identificado nesta quarta-feira (12) pelas autoridades.
A polícia chegou a entrar no apartamento de Chekatt e deteve cinco pessoas para averiguação, entre elas o pai e os irmãos do suspeito, que segue foragido, informam agências internacionais.
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Com o atirador à solta, a França elevou o alerta de ameaça de segurança ao nível máximo, intensificando os controles na fronteira com a Alemanha, à medida que agentes de elite auxiliados por helicópteros buscam o suspeito.
A polícia alemã também reforçou os controles de fronteira nos arredores do rio Reno, disseram autoridades.
"A busca continua", afirmou o vice-ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, em entrevista à Rádio France Internacional. Questionado se o suspeito pode ter saído da França, ele respondeu: "Isso não pode ser descartado."
'Radicalizado' na prisão
Cherif Chekatt, nascido em Estrasburgo, já era considerado pelos serviços de inteligência como um risco de segurança em potencial. As investigações apontavam que ele tinha sido "radicalizado" em suas passagens pelo sistema penitenciário francês devido a delitos de pouca gravidade, como furto.
A unidade de combate ao terrorismo da Procuradoria de Paris assumiu a investigação do caso, e o procurador Remy Heitz afirmou que o suspeito gritou "Allahu Akbar" durante o ataque.
"Considerando o alvo, a maneira dele de operar, o perfil e o testemunho daqueles que o escutaram gritar 'Allahu Akbar', a polícia antiterrorismo foi acionada", disse Heitz a repórteres nesta quarta-feira.
Laurent Nuñez informou que o suspeito havia passado tempo na prisão na França e na Alemanha.
"Foi durante essas temporadas na cadeia que detectamos uma radicalização nas práticas religiosas dele. Mas nunca houve sinais de que ele estava preparando um ataque", disse.