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Polícia prende mais de cem após manifestações violentas em Londres

Membros de grupos de extrema-direita, que diziam querer proteger estátuas inglesas, entraram em confronto com agentes de segurança 

Internacional|Da EFE

Polícia prende mais de cem ontem em Londres
Polícia prende mais de cem ontem em Londres

Mais de 100 pessoas foram detidas após os confrontos de sábado (13), em Londres, na Inglaterra. O principal confronto ocorreu entre polícia e manifestantes, alguns da extrema direita, reunidos porque disseram que queriam proteger estátuas, informou a polícia neste domingo (14).

Os agentes foram atacados com garrafas, latas e outros objetos cortantes, em um dia marcado pela violência na área governamental de Londres, onde o Parlamento está localizado.

Segundo a Polícia Metropolitana de Londres (MET), os presos foram detidos por agressão a policiais, atos violentos, posse de drogas e embriaguez.

Quinze pessoas, incluindo dois policiais, ficaram feridas e seis delas foram hospitalizadas, segundo o Serviço de Ambulâncias, que não forneceu mais detalhes sobre sua condição.


Ativistas de extrema-direita, que lutaram com a polícia e muitos em estado de embriaguez, se reuniram em Londres com o objetivo de defender estátuas de personalidades da história britânica, depois do vandalismo do final de semana passado.

Braços levantados e gritando "Inglaterra", ativistas de extrema-direita atiraram garrafas, latas e chutaram os agentes de segurança. A polícia investiga o caso de um indivíduo que urinou diante de uma placa dedicada ao policial Keith Palmer, que morreu no local após um ataque terrorista em 2017 contra o Parlamento de Westminster.


"Estamos cientes das imagens repugnantes e horríveis que circulam nas mídias sociais de um homem que parece urinar em frente ao monumento de Palmer", disse o comandante da MET (polícia metropolitana), Ban Javid.

"Ordenamos imediatamente uma investigação e vamos reunir todas as evidências disponíveis e tomar as medidas apropriadas", acrescentou Javid.


Além desses incidentes, houve reuniões pacíficas em Hyde Park (Londres) e em outras cidades britânicas, incluindo Belfast e Brighton, de grupos que queriam denunciar o racismo após o assassinato em maio do afro-americano George Floyd nos Estados Unidos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, usou o Twitter para dizer que "o vandalismo racista não tem lugar nas nossas ruas. Quem atacar a polícia receberá todo o peso da lei".

"Essas marchas e protestos foram subvertidos pela violência e violam as recomendações atuais [para o coronavírus]. O racismo não tem lugar no Reino Unido e devemos trabalhar juntos para tornar isso realidade", acrescentou.

O líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, disse em um tuíte que a violência contra a polícia é "totalmente inaceitável" e acrescentou que os protestos foram liderados por "aqueles que pretendem causar violência e espalhar o ódio para [conseguir] seus próprios fins ".

Muitos se reuniram diante do monumento que homenageia os britânicos que morreram nas guerras mundiais e diante da estátua do ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill na Praça do Parlamento, coberta para evitar danos.

O secretário do Interior britânico, Priti Patel, condenou as ações de sábado e lembrou que o coronavírus ainda é uma "ameaça".

A polícia impôs restrições em Londres para evitar incidentes, como a ordem de deixar as concentrações às 16h no horário local, algo que muitos não cumpriram.

No final de semana passado, a estátua de Churchill apareceu com pichações, com frases como "racista", forçando o governo a protegê-la e cobri-la completamente para evitar danos.

Alguns membros do grupo de extrema-direita Britain First foram ontem à Praça do Parlamento.

As autoridades pediram aos manifestantes que não participassem dos protestos, correndo o risco de espalhar o coronavírus e a dificuldade de manter distância social.

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