Logo R7.com
RecordPlus

Políticos finlandeses fazem gesto racista para defender miss e ofendem asiáticos; entenda

Parlamentares envolvidos pertencem ao Partido dos Finlandeses, de direita e com discurso anti-imigração

Internacional|Do R7

  • Google News

LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Dois deputados finlandeses se tornam alvo de críticas por gestos considerados racistas nas redes sociais.
  • O gesto, chamado de 'puxar os olhos', é ofensivo e reacende o debate sobre racismo na Finlândia.
  • Uma petição online contra a discriminação anti-asiática já conta com mais de 9.000 assinaturas.
  • O governo finlandês, liderado pelo primeiro-ministro, se compromete a combater o racismo de forma séria.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Parlamentar finlandês Juho Eerola faz gesto de 'puxar os olhos' em imagem publicada em sua rede social Reprodução/Facebook

Dois deputados do Parlamento da Finlândia passaram a ser alvo de críticas públicas após publicarem fotos e vídeos nas redes sociais fazendo o gesto de ‘puxar os olhos’ - considerado ofensivo e discriminatório contra asiáticos. O caso reacendeu o debate sobre racismo no país e levou o governo a discutir possíveis medidas disciplinares.

Segundo um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro finlandês, representantes dos partidos que integram a coligação governamental já realizaram uma reunião para avaliar eventuais sanções. Os parlamentares envolvidos pertencem ao Partido dos Finlandeses, de direita e com discurso anti-imigração.


O episódio ocorre poucos dias após a miss Finlândia Sarah Dzafce perder o título, em 11 de dezembro, por ter divulgado uma foto em que fazia o mesmo gesto. A imagem foi publicada em uma rede social com a legenda “jantando com uma pessoa chinesa”. A postagem irritou os usuários de origem asiática.

LEIA MAIS

Um dos deputados, Juho Eerola, afirmou ao jornal japonês The Asahi Shimbun, em entrevista publicada em 15 de dezembro, que sua intenção era defender a ex-miss Finlândia. Segundo ele, a punição aplicada a ela foi excessiva. “Lamento profundamente que minha foto tenha ofendido pessoas asiáticas”, disse. “Estou preparado para me desculpar quantas vezes forem necessárias.”


O governo reagiu publicamente. Em resposta à reportagem do Asahi Shimbun, a porta-voz do gabinete do primeiro ministro, Anne Sjoeholm, declarou que a Finlândia leva o racismo a sério e está comprometida em combater o problema. “Não há lugar para o racismo na Finlândia. Os políticos têm a responsabilidade de servir de exemplo a este respeito”, afirmou, citando um plano de ação do governo.

O primeiro-ministro Petteri Orpo, líder do Partido da Coligação Nacional, de centro-direita, também se pronunciou. Em entrevista à rádio estatal, em 14 de dezembro, ele classificou os atos como “infantis”.


A reação não se limitou ao meio político. Um cidadão japonês residente na Finlândia iniciou uma petição online em protesto contra o gesto e pediu uma investigação sobre discriminação antiasiática, além de medidas para melhorar a situação no país. Até a noite desta quinta-feira (18), a campanha já havia reunido mais de 9.000 assinaturas.

A Embaixada da Finlândia no Japão também se manifestou. Em publicação nas redes sociais, a representação diplomática afirmou que são necessários “esforços contínuos e determinados” para combater o racismo e destacou a importância de trazer experiências e relatos de discriminação para o debate público.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.