Resumindo a Notícia
- Itália realiza eleição para primeiro-ministro
- Segundo pesquisa, 40% dos eleitores não devem comparecer às urnas
- Políticos fazem apelo para que população vote
Abstenção será maior entre os jovens: 20% têm a certeza de que não irão às urnas
CIRO FUSCO/EFE/EPA - 25.9.22Os líderes políticos da Itália convocaram neste domingo (25) os cidadãos a exercer seu direito de voto enquanto o fazem em suas respectivas cidades, diante do espectro da abstenção, que segundo as últimas pesquisas pode ser de cerca de 40%.
"Hoje você pode contribuir para escrever a história. Nós escrevemos a história juntos", publicou, nas redes sociais, a líder dos Irmãos da Itália, Giorgia Meloni, apontada pelas pesquisas como favorita.
"Nós votamos. Você também, qualquer que seja sua opinião política. A democracia se nutre do compromisso de todos. Viva a República, viva a Itália", escreveu o líder da Itália Viva, Matteo Renzi, após votar em Florença.
Seu aliado na coalizão centrista, o presidente da Ação, Carlo Calenda, também incentivou no Twitter: "Vote, vote livremente, sem condições e sem medo. A Itália é sempre mais forte do que aqueles que querem que ela seja fraca".
"Isso é democracia. Obrigado a quem lutou por nossa liberdade e por garantir esse direito. Nós votamos", escreveu no Twitter Nicola Zingaretti, presidente da região do Lácio e candidato do Partido Democrata.
Matteo Salvini mais uma vez quebrou a regra do silêncio eleitoral, garantindo, quando chegou para votar em sua escola em Milão, que estavam prontos para governar e afirmou: "Quanto mais pessoas votarem, mais força terá um novo Parlamento, um novo governo, para intervir em emergências”.
"Só posso agradecer a todos os italianos que vão votar, porque hoje será um belo dia de participação. Quanto mais pessoas votarem, mais forte será a Itália e a política será legitimada", acrescentou.
No entanto, o líder do Partido Democrata, Enrico Letta, preferiu posar em silêncio diante dos meios de comunicação e limitou-se a dar um "bom-dia" e tirar uma foto com algumas das pessoas que votaram no mesmo local.
Conforme apontam as últimas pesquisas, de 15 dias atrás, que não podem ser publicadas posteriormente, o "partido" dos indecisos e daqueles que já sabem que não vão votar chegou a 42%, igualando-se a quase toda a coalizão de direita, formada por Irmãos da Itália, Forza Italia e Liga, a grande favorita, que somaria 45%.
A abstenção será maior, sobretudo entre os jovens: 20% têm a certeza de que não irão às urnas, mas a insatisfação com a oferta eleitoral ronda os 50%, segundo o recente Relatório da Juventude, do Instituto Toniolo.