Políticos pelo mundo falam sobre Guaidó na Venezuela: 'Dia histórico'
Presidente do Parlamento Europeu e senador americano pedem apoio de militares. Morales, da Bolívia, critica 'ingerência dos EUA'
Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com agências internacionais
Políticos pelo mundo se pronunciam nesta terça-feira (30) à medida que o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, declara "o começo do fim da usurpação [do poder no país, pelo presidente Nicolás Maduro]". Guaidó veiculou nas redes um discurso em que apareceu acompanhado por homens em uniformes militares e veículos blindados na capital Caracas.
Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, escreveu no Twitter que esta terça-feira é "um dia histórico para o retorno da democracia e da liberdade à Venezuela — que o Parlamento Europeu sempre apoiou. A libertação de Leopoldo López por soldados obedientes à Constituição é uma ótima notícia. Viva uma Venezuela livre!".
Já Marco Rubio — senador pela Flórida, nos Estados Unidos, pelo Partido Republicano, e grande articulador das políticas de Donald Trump para a Venezuela — publicou que "este é o momento para que os oficiais militares na Venezuela cumpram seu juramento constitucional e defendam o legítimo presidente interino Juan Guaidó neste esforço para restaurar a democracia. Vocês podem escrever história nas próximas horas e dias".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse por e-mail que o presidente dos Estados Unidos está monitorando a situação na Venezuela.
O secretário de defesa dos EUA, Mike Pompeo, demonstrou apoio a Guiadó e afirmou em sua conta no Twitter que "governo dos EUA apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca pela liberdade e pela democracia".
O atual secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Almagro, afirmou que saúda "a adesão dos militares à Constituição e ao presidente interino. É necessário o mais pleno respaldo ao processo de transição democrática de forma pacífica.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, usou sua conta oficial no Twitter para se solidariezar com o povo venezuelano.
Evo Morales condena intervenção
Evo Morales, o presidente da Bolívia, se mostrou contrário às investidas da oposição venezuelana. No Twitter, Morales declarou que "os Estados Unidos, com sua ingerência e promovendo golpes de Estado, busca provocar violência e morte na Venezuela". O presidente boliviano ainda pediu que os governos da América Latina "condenem o golpe de Estado na Venezuela e impeçam que a violência cobre vidas inocentes"
De Cuba, o presidente Miguel Díaz-Canel disse que "rejeita o movimento de golpe na Venezuela". "Os traidores que se colocaram à frente desse movimento subversivo empregaram tropas e policiais com armas de guerra em uma rua pública da cidade para criar angústia e terror", completou.