Polônia confirma que queda de míssil russo matou duas pessoas, após cair em seu território
Primeiro-ministro polonês convocou reunião de emergência; Rússia nega ataque e fala em 'provocação'
Internacional|Do R7*
Um míssil de fabricação russa caiu nesta terça-feira (15) na Polônia e matou duas pessoas na cidade fronteiriça de Przewodów, confirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Lukasz Jasina.
"Um míssil de fabricação russa caiu, matando dois cidadãos da República da Polônia", disse Jasina em comunicado, acrescentando que o embaixador russo em Varsóvia foi convocado para pedir "explicações detalhadas" sobre o ocorrido.
Mais cedo, um alto funcionário da inteligência dos Estados Unidos disse que mísseis russos haviam atingido a Polônia. O funcionário falou sob condição de anonimato devido à natureza delicada da situação.
Bombeiros na Polônia disseram que duas pessoas morreram em uma explosão em Przewodów, um vilarejo no leste da Polônia perto da fronteira com a Ucrânia.
Pelas redes sociais, o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, confirmou que o ataque russo atingiu o território polonês, ação que chamou de "escalada muito significativa".
“O terror não se limita às nossas fronteiras nacionais. Mísseis russos atingiram a Polônia… para disparar mísseis contra território da Otan. Este é um ataque de míssil russo à segurança coletiva! Esta é uma escalada muito significativa. Devemos agir", afirma Zelenski.
O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, convocou uma reunião urgente de um comitê governamental para assuntos de segurança e defesa nacional, disse o porta-voz do governo no Twitter.
O Ministério da Defesa russo negou ter feito qualquer ataque aéreo entre a fronteira da Ucrânia e a Polônia e chamou as acusações de "provocação deliberada", em publicação do Telegram.
A Rússia lançou mísseis sobre cidades em toda a Ucrânia na terça-feira, o que os ucranianos consideram a mais pesada onda de ataques com mísseis em quase nove meses de guerra. As ações ecoam um padrão de Moscou nas últimas semanas, ao atacar longe da frente após perdas no campo de batalha.
* Com AFP e Reuters