População da Faixa de Gaza invade armazéns e centros de ajuda em busca de alimentos
Agência da ONU diz que movimento é 'sinal preocupante de que a ordem pública começa a ruir' em meio a bloqueio do fornecimento de alimentos, água, medicamentos e combustível à região
Internacional|Do R7
A ordem pública na Faixa de Gaza "está em colapso", alerta a UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina), neste domingo (29), após os relatos de uma sequência de saques a armazéns e centros de distribuição de ajuda alimentar na região.
“Milhares de pessoas entraram em vários armazéns e centros de distribuição no centro e no sul da Faixa de Gaza”, afirmou a agência da ONU. “É um sinal preocupante de que a ordem pública começa a ruir três semanas após o início da guerra e de um cerco rigoroso a Gaza”, disse o chefe da UNRWA em Gaza, Thomas White.
Em um dos armazéns da agência na cidade de Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza, estão guardados os suprimentos humanitários que chegam desde que os primeiros comboios entraram em Gaza pelo posto fronteiriço de Rafah com o Egito, no dia 21 de outubro.
Desde o início dos conflitos, Israel impôs um bloqueio total ao fornecimento de alimentos, água, medicamentos e combustível a Gaza. O primeiro comboio com ajuda humanitária só entrou no território palestino duas semanas depois das primeiras ofensivas.
De lá para cá, 84 caminhões de ajuda chegaram a Gaza, segundo a UNRWA. No entanto, as organizações de ajuda humanitária atestam que o abastecimento é gravemente insuficiente. Antes do conflito, uma média de 500 caminhões por dia entrava em Gaza, segundo dados da ONU.
“Os suprimentos estão acabando, e a ajuda que chega à Faixa de Gaza em caminhões vindos do Egito é insuficiente”, insistiu White, ressaltando que a população de Gaza tem “imensas necessidades”.
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A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque sangrento que o grupo terrorista Hamas realizou em território israelense no dia 7 de outubro, que deixou 1.400 mortos, a maioria deles civil.