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População de Mianmar desafia junta militar com aplausos

Manifestantes usam novas formas de mobilização pró-democracia diante da repressão do exército que matou mais de 560 civis

Internacional|Da AFP

Manifestantes voltaram às ruas nesta segunda-feira (5) em várias áreas, como Mandalay
Manifestantes voltaram às ruas nesta segunda-feira (5) em várias áreas, como Mandalay Manifestantes voltaram às ruas nesta segunda-feira (5) em várias áreas, como Mandalay

Grupos em Mianmar aplaudiram nas ruas, nesta segunda-feira (5), as facções étnicas armadas do país que se opuseram à junta em uma nova forma de desafiar o regime militar e sua repressão mortal.

Mais de 560 civis foram mortos pelas forças de segurança em Mianmar desde o golpe de 1º de fevereiro que depôs o governo de Aung San Suu Kyi, informa a Associação para Ajuda a Presos Políticos (AAPP). O saldo pode, no entanto, ser muito maior. Cerca de 2.700 pessoas foram presas, e muitas foram dadas como desaparecidas.

Apesar disso, a mobilização pró-democracia persiste, com dezenas de milhares de trabalhadores em greve, e setores inteiros da economia paralisados. Agora, para evitar as represálias, os manifestantes inventam novas formas de protesto.

Nesta segunda, convidaram o povo birmanês a aplaudir os grupos étnicos rebeldes que os apoiam. Nas ruas de Sagaing (centro), um grupo de mulheres, de saia típica, saiu às ruas para aplaudi-los por cinco minutos, segundo imagens divulgadas nas redes sociais. Outras ações semelhantes se repetiram em várias partes do país.

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No dia anterior, dez das principais facções armadas, que haviam assinado um acordo de cessar-fogo com o Exército em 2015, expressaram seu apoio ao movimento antigolpe.

"Os militares violaram o processo de paz", disse hoje à AFP o general Yawd Serk, à frente de um desses grupos, o Conselho de Restauração do Estado Shan. "Não estamos dizendo que o acordo nacional de cessar-fogo foi quebrado, ele está suspenso."

Os manifestantes voltaram às ruas nesta segunda-feira em várias áreas, como Mandalay (centro), segunda cidade do país.

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