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Por que chefe da Otan entende que guerra com a Rússia ‘está à nossa porta’

Aliança militar pede reforço urgente em defesa para evitar um conflito comparável às tragédias do século passado

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Secretário-geral da Otan, Mark Rutte, alerta que confronto com a Rússia "está à nossa porta".
  • Rutte critica a "complacência silenciosa" e pede ação imediata dos países europeus para fortalecer a defesa.
  • Reuniões de emergência ocorrem entre líderes, incluindo o presidente ucraniano Zelensky, para discutir a situação com a Rússia.
  • Kiev realiza ataque significativo com drones, destacando sua capacidade militar, enquanto a Europa enfrenta pressão para agir rapidamente.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O holandês Mark Rutte é secretário-geral da Otan Reprodução/Instagram/secgennato

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, fez um dos alertas mais duros desde o início da guerra na Ucrânia ao afirmar, nesta quinta-feira (11), que um confronto direto com a Rússia “está à nossa porta”.

Em discurso em Berlim, ele cobrou ação imediata dos países europeus, criticando o que chamou de “complacência silenciosa” diante da ameaça representada por Moscou. Para Rutte, a falta de urgência pode custar caro ao continente nos próximos anos.


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Segundo o chefe da aliança, diversos membros ainda subestimam a necessidade de ampliar investimentos militares e acelerar a produção de armamentos. Rutte insistiu que somente um reforço rápido da capacidade de defesa poderá dissuadir o Kremlin. “Temos de estar preparados”, declarou, afirmando que o momento exige decisões rápidas e coordenação entre aliados.


O dirigente também advertiu que a Rússia pode reunir condições para empregar força militar contra países da Otan em até cinco anos. Sem recursos e preparo adequados, disse ele, a Europa corre o risco de enfrentar um conflito de magnitude semelhante às guerras que devastaram o continente no século 20. Rutte classificou tal cenário como evitável, desde que governos atuem “agora”.


O pronunciamento coincidiu com uma série de reuniões emergenciais envolvendo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e representantes de cerca de 30 nações que apoiam Kiev. O encontro, descrito como parte da “coalizão dos dispostos”, contou com participação, por vídeo, de líderes da Alemanha, França e Reino Unido. As conversas foram convocadas rapidamente diante da pressão crescente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um acordo que inclua concessões territoriais à Rússia.


Trump afirmou que discutiu “em termos bastante fortes” com autoridades europeias a necessidade de Zelensky aceitar uma solução que reconheça perdas territoriais. O presidente norte-americano havia estabelecido um prazo para Kiev concordar com seu plano antes do feriado de Ação de Graças, no fim de novembro, mas a data passou sem avanços. Ainda assim, Washington e capitais europeias avaliam que as negociações entraram em uma fase decisiva.

Moscou, por sua vez, tenta mostrar disposição para dialogar com Trump para evitar novas sanções. O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, disse que encaminhou a Washington “propostas adicionais” sobre garantias de segurança consideradas essenciais por Ucrânia e governos europeus. Ele não detalhou o conteúdo das sugestões, mas afirmou que o debate deve ir além do território ucraniano.

Ao mesmo tempo, Kiev demonstrou que mantém capacidade militar significativa ao realizar um dos maiores ataques com drones desde o início do conflito, há quase quatro anos. A ofensiva obrigou todos os aeroportos de Moscou a suspender voos por sete horas e impôs restrições em outros oito centros urbanos russos. Segundo o Ministério da Defesa russo, 287 drones ucranianos foram interceptados em diversas regiões.

Analistas interpretam a ação como uma tentativa de contestar a narrativa russa de superioridade absoluta no campo de batalha. Embora Vladimir Putin tente se apresentar negociando em posição de força, o avanço territorial obtido desde 2022 equivale a cerca de 20% da Ucrânia. Para a Europa, esse impasse reforça a percepção de que o desfecho das conversas pode determinar a segurança regional nas próximas décadas.

Zelensky afirmou que os próximos dias serão fundamentais e que a coordenação direta com países europeus avançará na próxima semana. “A Ucrânia está trabalhando rapidamente”, declarou. Enquanto isso, o alerta da Otan amplia a pressão sobre os governos do continente para agir antes que uma crise ainda maior se torne inevitável.

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