Possível ataque com gás cloro no norte da Síria deixa seis mortos
Internacional|Do R7
Beirute, 17 mar (EFE).- Pelo menos seis pessoas morreram na noite de segunda-feira, entre elas três menores de idade, e dezenas ficaram feridas em um ataque aéreo do regime, no qual possivelmente foi usado gás cloro, no norte da Síria, informou nesta terça-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos. A ONG, que cita fontes médicas e testemunhas, precisou que um casal e seus três filhos, além de outra mulher, perderam a vida pelo lançamento de barris de explosivos contra a cidade de Sarmin, no sudeste da província setentrional de Idlib. Os mortos e feridos inalaram substâncias tóxicas desprendidas pelos barris, que fontes médicas na zona asseguraram que era gás cloro. O Observatório acrescentou que a aviação governamental efetuou nesta manhã outros dois bombardeios nessa área, sem dar mais detalhes. No começo deste mês, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução na qual condenava o uso de substâncias químicas no conflito armado sírio, incluído o cloro. A Síria aderiu em outubro de 2013 à Convenção de Armas Químicas, que proíbe a produção, o armazenamento e o emprego deste tipo de armamento, incluído o gás cloro, um produto industrial que pode ser usado como arma. Em setembro, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) assegurou em um relatório que tinha provas "convincentes" do uso sistemático e repetido de gás cloro como arma química na Síria. Nesse mesmo mês, esta organização e a ONU, que enviaram uma missão ao território sírio, deram por desmantelado o arsenal químico declarado pelo regime de Damasco. Dita missão foi desdobrada na Síria em outubro de 2013, após um ataque químico dois meses antes nos arredores de Damasco que os EUA culparam o governo sírio, que o negou categoricamente. Devido a esse ataque, os EUA ameaçaram com uma intervenção militar no país árabe, mas foi evitada graças a um pacto com a Rússia, aliado do Executivo de Damasco, pelo que as duas potências acordaram o desmantelamento do arsenal químico do regime sírio. EFE ssa/ff












