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Potências ocidentais se reúnem por temor de invasão russa da Ucrânia

Participarão da reunião os presidentes dos EUA, França, Alemanha, Reino Unido, além do secretário-geral da Otan e outros

Internacional|

Autoridades consideram que existe o risco de a Ucrânia invadir a Rússia
Autoridades consideram que existe o risco de a Ucrânia invadir a Rússia Autoridades consideram que existe o risco de a Ucrânia invadir a Rússia

Os líderes das principais potências ocidentais devem discutir, nesta sexta-feira (11), por videochamada o risco de uma possível invasão russa da Ucrânia, informaram fontes do governo alemão.

Vão participar os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, os chefes de Governo alemão, Olaf Scholz, e britânico, Boris Johnson; bem como o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg; a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen; e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, inforaram fontes do governo alemão e da presidência francesa.

O presidente polonês Andrzej Duda; o chefe do Governo italiano, Mario Draghi; e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau também devem estar entre os participantes.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, considerou nesta sexta-feira que a Rússia pode invadir a Ucrânia "a qualquer momento", depois de ter concentrado mais de 100 mil soldados e armas pesadas na sua fronteira com o país vizinho, uma ex-república soviética.

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E o secretário-geral da Otan voltou a alertar que existe um "risco real de um novo conflito armado" na Europa.

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"Continuamos a ver nenhum sinal de desescalada na situação atual e lamentamos muito", disse o porta-voz do governo alemão, Steffen Hebestreit. As discussões entre as partes aumentaram nos últimos dias, mas nenhum progresso foi feito para resolver a crise, que os ocidentais descrevem como a mais perigosa desde o fim da Guerra Fria, há três décadas.

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Nesta sexta, o Kremlin lamentou que as discussões entre Alemanha, Rússia, Ucrânia e França, no dia anterior em Berlim, não tenham dado "nenhum resultado".

A Rússia, que anexou a Crimeia em 2014, nega ter intenção bélica em relação à Ucrânia, mas condiciona a desescalada a que a antiga república soviética nunca seja incorporada à Aliança Atlântica. Uma condição que os ocidentais consideram inaceitável.

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"Colaboração zero"

Paralelamente, Moscou anunciou novas manobras militares na fronteira ucraniana, além das que já vem realizando desde quinta-feira em Belarus, país vizinho da Ucrânia.

Além disso, a Marinha russa está realizando exercícios no Mar Negro.

Líderes europeus se envolveram em um frenesi diplomático nas últimas semanas para tentar desarmar a crise, incluindo visitas a Moscou do presidente francês e em breve do chefe de governo alemão.

Enquanto isso, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, estimou hoje que as relações de seu país com o Reino Unido estavam em seu nível mais baixo, depois de receber seu colega britânico Ben Wallace.

"Infelizmente, o nível de nossa colaboração é quase zero e em breve cairá abaixo do zero e se tornará negativo", disse Shoigu, pedindo aos ocidentais que parem de "encher" a Ucrânia com armas. As negociações realizadas no dia anterior em Berlim, nas quais Rússia, Ucrânia, Alemanha e França participaram, destacaram a lacuna que separa Moscou dos ocidentais e de seu aliado ucraniano.

As discussões duraram quase dez horas. Moscou insiste que o governo ucraniano negocie diretamente com os separatistas pró-russos no leste, contra os quais o exército ucraniano luta desde 2014 em um conflito que deixou mais de 13 mil mortos.

Mas a Ucrânia recusa, considerando que o único interlocutor legítimo é o governo russo, que apoia os separatistas. Ainda assim, Kiev disse nesta sexta-feira que "todos estão dispostos a obter um resultado" e que as negociações continuarão.

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