Prefeitura italiana contrária à lei de imigração diz ter sido invadida
Acusação de que a Polícia de Estado realizou inspeções no local foi feita por servidores e imediatamente negada pela corporação
Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7, com Ansa
A decisão dos prefeitos de Palermo, Leoluca Orlando; Nápoles, Luigi de Magistris; Florença, Dario Nardella; Reggio Calabria, Giuseppe Falcomatà, e Parma, Federico Pizzarotti, de não respeitarem o "Decreto Salvini", que restringe a imigração para a Itália continua causando turbulência no país.
O atual governo de extrema-direita, formado pela Liga Norte e o Movimento 5 Estrelas, é visto como autoritário por muitos especialistas, opositores e parte da população.
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Diante da desobediência dos prefeitos, surgiu a inforrmação, divulgada por servidores da prefeitura de Palermo, de que foi realizada uma inspeção no escritório de registro civil da cidade.
O objetivo seria o de investigar o boicote ao decreto antimigração editado pelo ministro do Interior Matteo Salvini.
A informação foi negada pela Polícia de Estado em Palermo, que, em uma nota, afirmou que "nenhum funcionário" acessou o órgão municipal.
O decreto passou a vigorar em outubro último e retira a permissão de estadia por motivos humanitários no país.
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Até então, como uma "porta" do Mediterrâneo, a Itália era o país que mais recebia refugiados. Com a decisão, o número de entrada de imigrantes caiu 80% desde quando a lei entrou em vigor.
Mas os prefeitos reagiram à decisão, utilizando, como um dos argumentos, que a nova legislação coloca na clandestinidade imigrantes que já estavam com a situação regularizada e ajudando a gerar riquezas para as regiões onde atuavam.
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