Premiê da Grécia diz que erro humano causou acidente com trens

Tragédia em composição que viajava de Atenas para Tessalônica deixou ao menos 38 pessoas mortas e mais de 80 feridas

Internacional|Do R7, com informações da AFP e da EFE

01/03/2023 - 17h06 (Atualizado em 15/02/2024 - 16h36)

A colisão entre dois trens na Grécia, que deixou ao menos 38 mortos, ocorreu após "um trágico erro humano", afirmou nesta quarta-feira (1º) o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.

"Tudo demonstra que, infelizmente, o drama se deve a um trágico erro humano", disse à televisão o chefe de governo, no dia seguinte ao pior acidente ferroviário da história da Grécia.

A tragédia que envolveu o trem de passageiros que viajava de Atenas para Tessalônica fez com que o ministro de Infraestrutura e Transporte do país, Kostas Karamanlis, anunciasse horas depois sua saída do governo.

“Renuncio ao cargo de ministro de Infraestrutura e Transporte. Sinto que é meu dever fazê-lo, como uma mínima demonstração de respeito pela memória das pessoas que morreram tão injustamente", disse Karamanlis em uma mensagem postada no Twitter.

O ministro conservador destaca que em 2019, quando foi designado para chefiar a pasta dos Transportes, assumiu a responsabilidade por um setor ferroviário “em uma situação que não corresponde ao século 21”.

Veja como ficaram os trens após colisão na Grécia

A colisão de um trem com 350 passageiros com uma composição de carga deixou, até o momento, 36 mortos e 85 feridos na Grécia. Após o choque frontal, alguns dos vagões pegaram fogo. Imagens mostram a destruição causada pelo acidente

O trem com passageiros estava indo de Atenas, capital da Grécia, para a segunda maior cidade do país, Tessalônica. Nos mesmos trilhos, mas no sentindo contrário, estava vindo um trem com vagões de carga

O ministro da Saúde da Grécia, Thanos Plevris, disse que "a maioria dos passageiros era de estudantes" que retornavam a Tessalônica após um fim de semana prolongado por um feriado

O acidente foi comparado a um desastre natural, com quase 150 bombeiros e 40 ambulâncias enviados ao local da ocorrência

A violência do choque foi tão intensa que as locomotivas e os vagões dianteiros das duas locomotivas foram completamente destruídos

Os dois hospitais da região de Lárissa receberam os feridos, segundo o jornal Onlarissa. Além disso, os hospitais militares de Tessalônica e Atenas estão de sobreaviso em caso de necessidade

Uma reunião de crise foi organizada após o acidente, e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, seguia para o local da tragédia

"Nunca vi algo assim na minha vida. É trágico. Cinco horas depois ainda estamos encontrando corpos", afirmou um bombeiro, exausto, ao sair de uma área de onde ele e sua equipe retiravam os mortos

Mecânicos e guindastes também foram enviados ao local para tentar retirar os escombros e levantar os vagões. "A maioria dos passageiros foi resgatada", disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros

Uma jovem, chorando, explicou ao jornal local Onlarissa que "o trem estava atrasado e parou por alguns minutos, quando um grande barulho foi ouvido"

Os vagões de trem ficaram carbonizados, com um emaranhado de metal e janelas quebradas. Outros vagões menos danificados tombaram, e as equipes de emergência usavam escadas para tentar resgatar os sobreviventes

A colisão de um trem com 350 passageiros com uma composição de carga deixou, até o momento, 36 mortos e 85 feridos na Grécia. Após o choque frontal, alguns dos vagões pegaram fogo. Imagens mostram a destruição causada pelo acidente