Premiê de Israel pede à população que ande com armas após ataques no país

O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, pediu nesta quarta-feira (30) aos civis com porte de arma que a levem sempre consigo, depois de uma semana em que três ataques distintos mataram 11 pessoas no país.

A instrução de Bennett é divulgada em um contexto de alerta máximo em Israel, que vive nesta semana uma das mais graves ondas de ataques desde a Segunda Intifada.

"Cidadãos de Israel, esta não é nossa primeira ou nossa segunda onda de terrorismo", disse Bennett durante um discurso em sua residência, onde está isolado por ter sido diagnosticado com Covid-19.

"A sociedade israelense, quando posta à prova, sabe mostrar compostura, permanecer resiliente e estar à altura da ocasião", acrescentou, anunciando uma série de medidas para evitar novos ataques.

Essas medidas também incluem o reforço da polícia com oficiais do Exército e o envio de vários batalhões militares a pontos-chave da Cisjordânia ocupada e da área ao redor da Faixa de Gaza.

O anúncio do primeiro-ministro ocorre logo depois de o ministro da Defesa, Benny Gantz, afirmar que usará "todos os meios necessários" para interromper essa série de ataques e informar que está "preparado para recrutar imediatamente milhares de reservistas que inundarão as ruas" de Israel.

Essas declarações vieram em resposta ao último ataque, ocorrido nesta terça-feira (29) na cidade de Bene Beraq, a norte de Tel Aviv, no qual morreram cinco pessoas.

O incidente de ontem seguiu-se a um ataque com armas de fogo na cidade de Hadera, no domingo (27), no qual dois policiais israelenses foram mortos, e a um ataque com faca em Berseba, na terça-feira da semana passada, no qual quatro civis foram mortos.

O clima de tensão no país fez soar o alarme antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadã, que começa no próximo sábado e costuma ser caracterizado pelo aumento da tensão na região.