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Presidente da França propõe a premiê de Israel coalizão internacional para enfrentar Hamas

Emmanuel Macron deseja estender esforços de enfrentamento do Estado Islâmico a grupo terrorista palestino

Internacional|Do R7

Líderes se encontraram para discutir guerra
Líderes se encontraram para discutir guerra

O presidente da França, Emmanuel Macron, propôs nesta terça-feira (24) ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que a "coalizão internacional" contra o grupo jihadista Estado Islâmico seja ampliada aos terroristas do Hamas.

"O Hamas é um grupo terrorista cujo objetivo é a destruição do Estado de Israel, como é o caso do Estado Islâmico, da Al-Qaeda e dos seus parceiros de ação e intenção. A prioridade de vocês, mas também de todas as democracias e da França, é derrotar esses grupos", declarou Macron em entrevista coletiva com Netanyahu.

Nesse sentido, o líder francês propôs "uma coalizão regional e internacional para lutar contra os grupos terroristas".

"A França está pronta para que a coalizão internacional contra o Estado Islâmico, da qual fazemos parte na nossa operação no Iraque e na Síria, também possa combater o Hamas", acrescentou.


Macron explicou que viajou para Israel a fim de comunicar a solidariedade da França diante do inimigo em comum, "o terrorismo", e frisou "o direito legítimo de Israel de se defender" do Hamas, que levou a cabo um ataque em solo israelense em 7 de outubro, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e 220 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza.

Mesmo assim, Macron considerou que Israel deve aceitar "o direito legítimo dos palestinos" de terem o próprio Estado. Por seu lado, Netanyahu garantiu que todos perdem, e não apenas Israel, se o Hamas ganhar esta guerra.


"A Europa estaria em perigo, todos estariam em perigo, a civilização estaria em perigo. É por isso que essa luta não é apenas nossa, é de vocês, é dos Estados Unidos, uma batalha pelo futuro do Oriente Médio e do mundo árabe", analisou.

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Em 18 dias de guerra, Israel não parou de bombardear toda a extensão da Faixa de Gaza, onde mais de 5.700 pessoas foram mortas e 16.200 ficaram feridas, 70% delas crianças, mulheres e idosos, de acordo com dados divulgados por autoridades ligadas ao Hamas.

"A luta deve ser sem misericórdia, mas não sem regras", alertou Macron, e enfatizou que as democracias "respeitam as leis da guerra, garantem o acesso humanitário e não têm como alvo os civis, nem em Gaza, nem em lado nenhum".

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Além disso, o mandatário francês defendeu a entrada de mais ajuda humanitária e "o restabelecimento da eletricidade nos hospitais para os doentes e feridos, sem que essa eletricidade seja utilizada para a guerra".

"Vamos cooperar de uma forma muito concreta nesse domínio", afirmou.

O presidente francês falou ainda da importância de retomar as negociações para encontrar uma solução duradoura para o conflito por meio da criação de um Estado palestino.

Macron chegou a Tel Aviv nesta terça-feira e também se encontrou com o presidente israelense, Isaac Herzog, e com parentes das vítimas. Está prevista uma reunião com membros da oposição e outra, em Ramallah, na Cisjordânia, com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

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