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Presidente da França se opõe a acordo entre Mercosul e União Europeia

'Não é bom para ninguém', diz Macron, ao classificar a negociação como algo 'completamente contraditório' por não considerar a biodiversidade, algo defendido pelo Brasil e pela França

Internacional|Do R7

Macron já defendeu o acordo Mercosul-UE, em 2019
Macron já defendeu o acordo Mercosul-UE, em 2019 Macron já defendeu o acordo Mercosul-UE, em 2019

O presidente da França, Emmanuel Macron, expressou sua firme oposição ao acordo de livre-comércio entre a UE (União Europeia) e o Mercosul, por contrariar a defesa da biodiversidade e o combate à mudança climática, e disse esperar que o governo de Javier Milei na Argentina se comprometa com ambos os objetivos.

“É um acordo que não é bom para ninguém”, afirmou o presidente francês em uma coletiva de imprensa durante a COP28, em Dubai.

O presidente francês justificou sua oposição pelo fato de se tratar de um acordo obsoleto, apesar de ele próprio, em 2019 e após duas décadas de negociações, ter dado sinal verde para que pudesse finalmente ser apresentado para ratificação dos Estados-membros da UE.

"Trata-se de um acordo completamente contraditório ao que o Brasil está fazendo e ao que nós estamos fazendo. O acordo foi negociado há 20 anos, e tentamos remendá-lo, de uma forma ruim, porque não leva em conta a biodiversidade ou o clima", acrescentou.

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Com essa posição, o chefe de Estado francês joga um balde de água fria nos cálculos da Comissão Europeia e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tinham esperanças em ratificar o acordo até o fim deste ano.

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Macron disse que o atual acordo UE-Mercosul “tem alguns parágrafos para agradar à França”, mas na sua essência é um “pacto antiquado de desmantelamento de tarifas”. Nesse sentido, citou como exemplo os acordos comerciais da UE com o Chile, o Canadá e a Nova Zelândia, que têm como eixo as questões ambientais.

“Estou criando no meu país um mercado em processo de descarbonização para permitir que as pessoas daqui consumam produtos do exterior que envolvem mais emissões? Estamos loucos”, resumiu o presidente francês, fazendo referência ao seu desejo de que os países do Mercosul apliquem regras de descarbonização equivalentes às da UE.

No entanto, Macron negou que tenha havido atritos com Lula, crítico da posição europeia em relação ao acordo UE-Mercosul, e disse estar “muito sintonizado” com o presidente, tanto que anunciou que viajará para o Brasil em março de 2024.

Da mesma forma, Macron afirmou que conversou com Milei e confirmou que o presidente eleito tem “propostas muito ousadas” para a Argentina, sem citar quais. “Na questão climática, espero que se comprometam porque verão que é algo bom para o seu país”, destacou o presidente francês, que manifestou o desejo de “enriquecer” as relações com a Argentina.

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