Presidente da Guiana diz que não se opõe a conversar com Nicolás Maduro sobre Essequibo
Líder venezuelano pressiona para ampliar a fronteira e anexar a região rica em recursos minerais do país vizinho
Internacional|Do R7
O presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou, neste sábado (9), que está disposto a conversar com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, sobre Essequibo, região rica em recursos minerais que está sendo reivindicada por Caracas.
"Estamos comprometidos com a paz nesta região. O #ICJ (Corte Internacional de Justiça) determinará, finalmente, a polêmica na fronteira Guiana/Venezuela. Somos intransigentes neste aspecto e no respeito pelo direito internacional. Deixamos claro que não temos oposição a conversas e reuniões como pessoas responsáveis e como país", publicou Irfaan Ali no X, antigo Twitter.
A declaração foi publicada na internet após Maduro afirmar que os dois países precisam "sentar para conversar", ainda que tenha adotado medidas com a intenção de pressionar a Guiana.
A tensão na região aumentou após o governo venezuelano realizar, no último domingo (3), um referendo sobre a ampliação da fronteira do país.
As urnas foram a favor da anexação da região com 95% dos votos para o "sim", e Maduro usa a "vontade do povo" como um dos argumentos para justificar a alteração do mapa da Venezuela.
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Na sexta-feira (8), Maduro assinou um decreto que autorizava a criação de um estado venezuelano na região que pertence à Guiana.
Em conversa por telefone com o ditador da Venezuela, na manhã deste sábado (9), o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que os países da América do Sul têm “crescente preocupação” com a questão de Essequibo.
Lula se ofereceu para mediar a questão e disse que a América Latina é uma “região de paz com longa tradição de diálogo”.
Além da Guiana: veja outros países da América do Sul com quem a Venezuela já teve atritos
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