Resumindo a Notícia
- Presidente da Turquia reconheceu a dificuldade para ajudar vítimas do terremoto
- Segundo Recep Tayyip Erdogan, mais de 21 mil homens trabalham em resgates em Hatay
- Presidente foi duramente criticado pelo povo do país pela demora nos resgates
- Terremoto levou mais de 9.000 pessoas a óbito na Turquia
Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, foi visitar local atingido por terremoto
Adem Altan/AFP - 8.2.2023O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu, nesta quarta-feira (8), as "deficiências" na resposta ao terremoto que abalou o país e a Síria.
“Claro, há deficiências, é impossível estar preparado para uma catástrofe dessas”, disse o chefe de Estado, que visitou a província de Hatay, uma das mais afetadas, na fronteira com a Síria.
Autoridades e médicos disseram que 9.057 pessoas morreram na Turquia, e 2.992, na Síria, vítimas do terremoto de magnitude 7,8 de segunda-feira (6), elevando o total de óbitos para 12.067. Este número pode dobrar, se os piores cenários previstos pelos especialistas se confirmarem.
"Algumas pessoas desonestas e sem honra publicaram declarações falsas como a de que 'não vimos soldados, nem policiais', na província de Hatay", reclamou Erdogan. "Nossos soldados e nossos policiais são gente honrada. Não permitiremos que pessoas pouco recomendáveis falem deles dessa maneira", afirmou.
O presidente turco disse que 21 mil membros do pessoal de resgate foram mobilizados apenas na província de Hatay.
"Agindo assim, responderemos ao desastre para que ninguém fique sob as ruínas, ou sofra", acrescentou.
Entre os escombros de prédios de uma dezena de cidades do sul e do sudeste da Turquia, devastadas pelo terremoto, sobreviventes à espera de ajuda criticaram o governo turco, dizendo-se "abandonados" em meio ao frio.
A menos de quatro meses da eleição presidencial, as críticas se dirigem, principalmente, a Erdogan, no poder desde 2003.