Presidente da Turquia se reúne com Putin amanhã no Cazaquistão

Turquia manteve um papel neutro na guerra entre Rússia e Ucrânia e boas relações com os dois países

11/10/2022 - 07h37 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h42)

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se encontrará com seu homólogo russo, Vladimir Putin, à margem de uma cúpula regional na capital do Cazaquistão, Astana, na quarta-feira (12), disse uma autoridade turca à AFP.

Durante o conflito Ucrânia-Rússia, a Turquia manteve um papel neutro e boas relações com seus dois vizinhos do Mar Negro.

Erdogan não denunciou o bombardeio russo de várias cidades ucranianas na segunda-feira (10), que matou cerca de 20 pessoas e feriu mais de 100.

O ministro das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, ligou para seu homólogo ucraniano Dmytro Kuleba após os ataques, disse uma fonte diplomática turca sem dar mais detalhes.

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Erdogan já se encontrou com Putin à margem de uma cúpula regional no Uzbequistão no mês passado.

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O líder turco busca reunir Putin e o presidente ucraniano Volodmir Zelenski em negociações de paz que nenhum dos lados deseja particularmente, mas que, segundo Ancara, são essenciais e realistas.

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Embora seja membro da Otan, a Turquia se absteve de aderir às sanções ocidentais contra a Rússia.

Diante de tensões políticas, soldados de EUA e Rússia posam juntos para fotos na Síria

Tropas dos Estados Unidos e da Rússia trocaram cumprimentos amigáveis e posaram juntos para fotos neste fim de semana, em uma rodovia no nordeste da Síria. Essa é uma rara demonstração de cordialidade entre as forças rivais

Tanto Washington como Moscou possuem tropas implantadas no território sírio. Ambos apoiam lados opostos da guerra, que ocorre no país desde 2011

A guerra da Rússia na Ucrânia desde fevereiro agravou as tensões geopolíticas com os EUA

Entretanto, as rotas das patrulhas americanas e russas se cruzaram no último sábado (8) de manhã. O encontro aconteceu em um campo de petróleo, perto da cidade de Al-Qahtaniyah, na província de Hasaca, no leste, segundo correspondentes da AFP

Não era a primeira vez que se cruzavam na região controlada pelos curdos. Entretanto, em vez de apenas passarem, desta vez os comboios pararam, e os soldados ficaram lado a lado enquanto conversavam e posavam para fotografias

Segundo os correspondentes, vários soldados trocaram pequenos "patches", emblemas feitos de remendo carregados em seus uniformes, como recordação da interação

Foi um "momento excepcional", disse Samuel Ramani, especialista em Síria. Ele acredita ser um sinal "de que a Rússia e os Estados Unidos ainda querem diminuir o conflito na Síria"

Grande opositor do regime sírio, Washington enviou em 2014 as primeiras tropas para o nordeste da Síria, como parte de uma coalizão para combater o grupo Estado Islâmico

As forças armadas russas, por sua parte, apoiam desde 2015 o governo do presidente Bashar al-Assad, mas não enviaram forças para o nordeste até 2019, após uma invasão turca contra os combatentes curdos

Os canais de desescalada do conflito seguem abertos desde 2015, para evitar qualquer confronto entre russos e americanos

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