Presidente do Conselho Europeu viajará para a China para encontro com Xi Jinping
Charles Michel irá discutir com o líder uma agenda que inclua ‘desafios globais’ e ‘assuntos de interesse mútuo’
Internacional|Do R7
O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou nesta quinta-feira (24) que irá a Pequim para um encontro com o Presidente chinês Xi Jinping, com a intenção de discutir uma agenda que inclua "desafios globais" e "assuntos de interesse mútuo".
Em nota, o porta-voz do Conselho Europeu, Barend Leyts, disse que a visita acontecerá após as "discussões estratégicas" mantidas pelos líderes dos países da União Europeia (UE) em outubro sobre as relações do bloco com a China. Michel viajará no dia 1º de dezembro, indicou a nota.
Questionado, o Ministério das Relações Exteriores da China limitou-se a comentar que o governo "divulgará as informações em tempo hábil".
Ao final de uma cúpula de líderes da União Européia (UE) em outubro, Michel havia declarado que o bloco tinha "um desejo muito claro de não ser ingênuo", mas que "também não queremos embarcar em uma lógica de confronto sistemático" com o gigante asiático.
A China e a UE negociaram um acordo mútuo de proteção de investimentos por vários anos, fortemente apoiado pela então chefe de governo alemã, Angela Merkel.
Em 2020, Berlim promoveu a realização de uma cimeira da UE com a China, mas devido à pandemia do coronavírus tornou-se numa reunião à distância.
Mais tarde, a UE fez fortes críticas à repressão aos uigures na China, e o acordo de proteção de investimentos foi literalmente esquecido, em um cenário de tensões nas relações.
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Além da situação dos uigures, a UE não esconde sua preocupação com a alta tensão entre China e Taiwan.
Durante uma recente visita ao Camboja, Michel disse à AFP que esperava que as autoridades chinesas ajudassem a dissuadir a Rússia de respeitar o direito internacional.
"Encorajamos as autoridades chinesas a usar todos os meios à sua disposição para convencer a Rússia a respeitar as fronteiras internacionalmente reconhecidas, a respeitar a soberania da Ucrânia", disse ele à AFP em entrevista.