Presidente do México afirma que país controlou curva do coronavírus
Foram registradas 46 mortes pela covid-19, totalizando 1.305 e 14.677 casos acumulados no total; epidemiologista diz que tendência é favorável
Internacional|Da EFE
O governo mexicano informou neste domingo (26) um total de 14.677 casos acumulados da covid-19, o que representa um aumento de 835, ou 6,03%, em comparação com 13.842 no dia anterior.
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Além disso, registrou 46 novas mortes por coronavírus, totalizando 1.305, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em sua entrevista coletiva diária sobre a pandemia.
Apesar de declarar a fase 3 desta semana, que implica a fase de contágio máximo, o diretor geral de Epidemiologia, José Luis Alomía, destacou a tendência favorável dos dados.
"Vimos uma tendência francamente ascendente até 15 de abril. A partir de 15 de abril, e incluindo mortes suspeitas, ou seja, aquelas que ainda não foram confirmadas, já estamos mostrando uma tendência um pouco mais estável", argumentou o epidemiologista.
Um em cada três do total de infecções acumuladas, 33,88% permanecem ativos, o que significa que 4.972 tiveram sintomas nos últimos 14 dias, acrescentou Alomia.
Este é um aumento de 174 pacientes ativos, ou 3,63%, em comparação com 4.798 no dia anterior.
Ao considerar apenas casos ativos, a taxa de incidência nacional é de 3,89 pacientes por 100.000 habitantes.
Nesse contexto, o presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou que seu governo controlou a curva de contágio em um vídeo publicado em suas redes sociais antes do relatório.
"Estamos indo bem porque a epidemia foi domada, em vez de explodir, como aconteceu infelizmente em outros lugares, o crescimento aqui foi horizontal e isso nos permitiu preparar muito bem", disse López Obrador.
O presidente destacou a disponibilidade de leitos para lidar com a pandemia, uma vez que apenas 20% estão ocupados, como Alomía disse na conferência de imprensa.
Isso significa que, em 618 hospitais preparados para combater a doença, existem 11.953 leitos gerais disponíveis e 3.358 ocupados.
As áreas com mais pacientes são a Cidade do México e a Baja California, que já ocuparam quase metade de seus leitos hospitalares gerais e mais de um quarto daquelas com ventiladores.
O Ministério da Saúde também informou que a mobilidade foi reduzida em menos de 50% em 12 das 32 entidades, apesar do Dia Nacional da Distância do Sana, implementado desde 19 de março.
Mesmo assim, Hugo López-Gatell, subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde, reiterou sua rejeição de medidas como toque de recolher obrigatório e restrições forçadas à mobilidade, como acontece em outros países.
"Estamos muito preocupados que em alguns municípios a força pública esteja sendo usada como um mecanismo de coerção direta com os cidadãos. Dissemos que, do ponto de vista da saúde pública, essa não é a maneira preferida", afirmou.