Presidente do Parlamento catalão acata ordem de Madri
Forcadell confirmou dissolução de entidade do legislativo
Internacional|Do R7, com agências internacionais
A presidente do Parlamento da Catalunha, Carme Forcadell, acatou a decisão do governo de Madri e informou que a entidade "foi dissolvida" nesta segunda-feira (30).
Forcadell não convocou a reunião de hoje e também informou que estão cancelado os encontros com a presidência da região.
Na sexta-feira, a Espanha demitiu o governo regional da Catalunha e dispensou o Parlamento catalão depois que líderes políticos desafiaram o governo central e fizeram uma declaração unilateral de independência.
A autoridade do governo central na região está sendo testada nesta segunda-feira, depois que membros proeminetes do governo catalão disseram não aceitar a medida e apelos de um grupo de civis de desobediência civil como resposta à decisão.
Otimismo governista
O ministro espanhol das Relações Exteriores, Alfonso Dastis, disse nesta segunda-feira esperar e acreditar que a eleição regional na Catalunha convocada para dezembro resultará na permanência do território como parte da Espanha.
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"Nós esperamos, com a ajuda dessas eleições, restaurar a governança legal e o estado de direito na Catalunha", disse Dastis, falando por meio de um tradutor, durante visita a Kiev.
"Esperamos e acreditamos que após essas eleições a Catalunha será novamente a mesma sociedade que era antes: aberta e integrada", disse.
Eleições regionais
Partidos a favor da independência da Catalunha devem perder sua maioria parlamentar nas eleições, de acordo com uma pesquisa publicada neste domingo (29), embora a estreita margem entre os dois lados aponte para uma campanha dura antes das votações em dezembro.
A pesquisa foi realizada entre segunda-feira e quinta-feira, quando o governo central da Espanha se preparava para tomar o controle da região, que então promoveu uma declaração unilateral de independência na sexta-feira.
Partidos pró-independência foram apontados como tendo 42,5% dos votos, enquanto os partidos anti-independência ganhariam 43,4%, segundo a pesquisa, da Sigma Dos, que entrevistou cerca de mil pessoas. Os resultados foram publicados no jornal anti-independência El Mundo.