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Presidente do Peru é alvo de novo pedido de impeachment

Em sessão virtual do Congresso, parlamentares aprovaram a abertura do processo de impeachment com 60 votos favoráveis, 40 contra e 18 abstenções

Internacional|Da EFE

Pela segunda vez, Vizcarra é alvo de pedido de impeachment
Pela segunda vez, Vizcarra é alvo de pedido de impeachment

Pela segunda vez desde que assumiu o posto, o presidente do Peru, Martin Vizcarra, tornou-se alvo de um pedido de impeachment no Congresso, desta vez sob a acusação de "incapacidade moral permanente" devido a supostos atos de corrupção.

Em sessão virtual do Congresso, os parlamentares peruanos aprovaram na segunda-feira (2) a abertura do processo de impeachment por um placar de 60 votos favoráveis, 40 contrários e 18 abstenções. Eles também decidiram que o julgamento político acontecerá em 9 de novembro, quando o presidente terá que apresentar sua defesa pessoalmente em plenário ou ser representado por um advogado.

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O pedido se deve a um suposto caso de corrupção quando Vizcarra foi governador reginal de Moquegua entre 2011 e 2016. Ele teria recebido propinas em troca da concessão de obras públicas neste departamento (estado), segundo depoimentos de pessoas ligadas ao caso e que negociam com a Justiça para se tornarem delatores premiados.

A eventual cassação de Vizcarra requer 87 votos de um total de 130 membros de um Parlamento onde ele não conta com uma bancada de apoio, que está diluído entre vários grupos políticos minoritários.


Primeiro pedido de impeachment

O primeiro pedido de impeachment foi feito em setembro, após uma série de gravações clandestinas vazadas pela assistente pessoal de Vizcarra, Karem Roca, na qual o presidente parece querer esconder várias reuniões com Richard Swing, um músico desconhecido que conseguiu contratos públicos, supostamente, por ser amigo do governante.

No entanto, a maioria dos congressistas negou a cassação de Vizcarra para manter a estabilidade e depois que o presidente do Congresso, Manuel Merino, a força motriz por trás do processo e que assumiria o governo, entrou em contato com as Forças Armadas e procurou criar um "governo sombra" mesmo antes das alegações contra o presidente se tornarem conhecidas.

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