Primárias na Argentina têm nove chapas presidenciais inscritas
Para serem habilitados para competir nas eleições de 27 de outubro, os candidatos devem obter nas primárias ao menos 1,5% dos votos
Internacional|Da EFE
Nove chapas presidenciais se inscreveram para participar em 11 de agosto das primárias que serão realizadas na Argentina para definir os candidatos que poderão competir nas eleições à presidência marcadas para outubro.
Para serem habilitados para competir nas eleições presidenciais de 27 de outubro, os candidatos devem obter nas primárias pelo menos 1,5% dos votos.
A participação nas primárias é obrigatória para os partidos, embora possam optar por se concorrer em chapas.
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Nas primárias de agosto não haverá concorrências internas reais já que todas as alianças e partidos políticos inscritos apresentaram um único candidato presidencial.
A aliança governista Juntos pela Mudança irá às primárias com o presidente argentino, Mauricio Macri, na busca pela reeleição para um novo mandato de quatro anos à frente da Casa Rosada.
Macri, líder do partido Proposta Republicana (Pró) e que em 2015 venceu as eleições em aliança com a Coalizão Cívica e a União Cívica Radical, mantém agora esses aliados, mas soma um setor do peronismo representado por Miguel Ángel Pichetto, até há duas semanas líder do maior bloco opositor no Senado e que agora apoiará o líder como candidato a vice-presidente.
O principal opositor no pleito é a Frente de Todos, composto por 15 forças políticas, incluída a kirchnerista Unidade Cidadã e o Partido Justicialista (PJ), a estrutura orgânica formal do peronismo.
Esta frente inscreveu como pré-candidato a presidente a Alberto Fernández, ex-chefe de Gabinete dos governos de Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), e esta última, que atualmente ocupa uma cadeira no Senado, como postulante à vice-presidência.
Com o encerramento das inscrições, ficou confirmado que Sergio Massa, líder da Frente Renovadora, não concorrerá nas primárias com Alberto Fernández.
Segundo as pesquisas, a terceira força em intenção de votos é o Consenso Federal, que criou a fórmula liderada pelo peronista Roberto Lavagna, ministro de Economia durante os governos de Eduardo Duhalde (2002-2003) e Nestor Kirchner, e na qual o também peronista Juan Manuel Urtubey, governador da província de Salta, será candidato a vice-presidente.
Outros pré-candidatos presidenciais inscritos para as primárias são o economista conservador José Luis Espert, postulante da Frente Despertar; o militar aposentado Juan José Gómez Centurión, que integrou o Pró, ocupou cargos públicos no Governo de Macri e agora é candidato da Frente Nos; e Alejandro Biondini, um político ligado a setores nacionalistas, que já passou pelas fileiras do peronismo e que agora representará a Frente Patriota.
A lista de alianças fica completa com a Frente de Esquerda e da Trabalhadora Unidade, integrada por cinco partidos políticos, que levará como candidatos a presidente e vice Nicolás de el Caño e Romina de el Plá.
Mas nestas primárias participarão, além disso, dois partidos políticos que não fizeram alianças com outras forças e irão também com fórmula única.
É o caso de Manuela Castañeira, candidata à presidência pelo partido Novo Movimento ao Socialismo (Novo MAS), e de José Antonio Romero Feris, ex-governador da nortista província de Corrientes e representante do Partido Autonomista Nacional, uma força liberal conservadora constituída em 1874.