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Primeiro-ministro da Itália renunciará nesta quinta-feira

Mario Draghi perdeu o apoio de parte de sua coalizão e anunciou saída do cargo perante o Conselho de Ministros

Internacional|Do R7, com informações da AFP e da EFE

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, em discurso
O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, em discurso O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, em discurso

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi anunciou perante o Conselho de Ministros que renunciará nesta quinta-feira (14) à noite, após a crise gerada na coalizão governamental por um dos principais parceiros, o M5S (Movimento Cinco Estrelas), informou a assessoria de imprensa do chefe de Governo em comunicado.

"Gostaria de anunciar que nesta tarde vou apresentar a minha renúncia ao presidente da República [Sergio Mattarella]. A votação de hoje no Parlamento é um acontecimento muito significativo do ponto de vista político", disse Draghi ao Conselho de Ministros reunido em Roma.

A decisão ocorre após o M5S ter escolhido nesta manhã não votar uma moção de confiança no Senado, distanciando-se dos demais parceiros da coalizão de unidade nacional que Draghi lidera desde fevereiro de 2021.

Segundo o premiê, "a maior parte da unidade nacional que sustentou este governo desde a sua criação não existe mais e o pacto de confiança na qual se sustentava a ação do governo terminou".

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Draghi já tinha avisado que não governaria sem o M5S, embora a sua saída da coalizão não impedisse a sua continuidade, uma vez que permaneceu a contando com o apoio de uma confortável maioria parlamentar.

O último impasse entre o Draghi e o líder do M5S, Giuseppe Conte, o seu antecessor no cargo, foi um decreto com ajudas contra a inflação que o partido considera "insuficiente" e que critica por incluir medidas como o financiamento de um incinerador de resíduos para a cidade de Roma.

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Anteriormente, houve desacordos notórios, dado o receio do M5S sobre continuar armando a resistência ucraniana.

"Nos últimos dias, houve o maior empenho da minha parte em seguir um caminho comum, tentando compreender as exigências que as forças políticas me apresentaram. Como evidenciado pelo debate e votação de hoje no Parlamento, esse esforço tem sido insuficiente", lamentou o economista.

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Draghi assumiu o governo em fevereiro de 2021 para lidar com a crise da pandemia de Covid-19, após a queda de Conde, com uma coalizão que incluía todos os partidos exceto o ultradireitista Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni.

"No meu discurso de posse no Parlamento, sempre disse que este governo só deveria continuar se tivesse a clara perspectiva de poder implementar o programa governamental em que todas as forças políticas tinham votado", explicou.

"Esta unidade tem sido fundamental para enfrentar os desafios destes meses. Estas condições não existem mais", concluiu Draghi perante os ministros, aos quais agradeceu e disse para que se sintam "orgulhosos" dos objetivos alcançados em "tempos tão difíceis".

Quando Draghi renunciar perante o presidente, será Mattarella quem decidirá quais medidas serão tomadas, desde nomear outra pessoa para governar ou até mesmo convocar uma eleição antecipada e não esperar pelo fim da legislatura, em março de 2023, como cada vez mais partidos políticos estão exigindo.

A mais interessada em uma eleição geral é Meloni, que como única oposição a Draghi é a que mais cresce nas pesquisas.

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