Primeiro-ministro do Haiti pede união da população após terremoto

O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, fez um apelo neste domingo (15) para que a população do país esqueça "as disputas" e se una após o terremoto de 7,2 graus na escala Richter que causou, pelo menos, 724 mortos e deixou grandes danos estruturais.

O premiê, que assumiu o cargo em 20 de julho, 13 dias depois do assassinato do então presidente Jovenel Moise, destacou que os haitianos vivem "um período difícil e que, por isso, é o "momento de se unir" e ter mais solidariedade com os mais afetados.

"Esqueçamos nossas disputas. Esqueçamos de tudo mais. Ajudemos os mais pobres e necessitados", afirmou Henry, em entrevista coletiva concedida hoje.

Terremoto de 2010 causou 300 mil mortes

O primeiro-ministro garantiu que todo o governo está mobilizado e prometeu uma resposta "mais adequada" do que a de 2010, quando um terremoto de 7 graus na escala Richter causou 300 mil mortes e deixou 1,3 milhões de pessoas afetadas de alguma forma.

Além disso, Henry se manifestou para agradecer o apoio já prestado pela comunidade internacional, com a colocação à disposição do Haiti de aviões, barcos e helicópteros. Todo o auxílio estrangeiro será coordenado pela Defesa Civil do país.

"Não queremos que chegue desordenada", explicou o premiê na coletiva.

Segundo boletim divulgado hoje pela Defesa Civil, a quantidade de mortos em decorrência do tremor de terra chegou a 724.

De acordo com as informações do órgão, cerca de 500 pessoas perderam a vida no sul do território haitiano, onde foi registrado o epicentro do tremor, 100 em Grand Anse, 122 em Nippes e duas no nordeste.

O terremoto de ontem já é considerado um dos dez mais letais da América Latina nos últimos 25 anos e foi registrado a 12 quilômetros da localidade de Saint-Louis du Sud, dez quilômetros de profundidade. O tremor ainda foi sentido na República Dominicana e em Cuba.