O primeiro teste ao qual a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, se submeteu para descobrir se contraiu covid-19 deu negativo, informou nesta segunda-feira (23) o porta-voz do governo, Steffen Seibert.
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Merkel está em quarentena domiciliar desde o domingo, após ser revelado que um médico que a atendeu na última sexta-feira para aplicar uma vacina contra a gripe comum foi diagnosticado com a doença transmitida pelo novo coronavírus.
Outros testes serão realizados nos próximos dias para confirmar se houve ou não o contágio, acrescentou o porta-voz. Merkel continuou hoje a cumprir sua agenda, mas em teletrabalho, incluindo o acompanhamento de um Conselho de Ministros extraordinário no qual foi aprovado um plano de choque para aliviar os efeitos econômicos e sociais da pandemia.
O próprio Seibert anunciou ontem que Merkel tinha entrado em quarentena em casa, após o médico que aplicou nela a vacina ter contraído Covid-19.
A chanceler está "saudável" e "ativa", afirmou hoje, por sua vez, o ministro das Finanças e vice-chanceler, Olaf Scholz, em pronunciamento para explicar o plano de choque da coalizão de governo.
A chanceler participou do Conselho de Ministros extraordinário por telefone, "sem imagem". "Todos nos conhecemos por voz", acrescentou Scholz, que explicou que os documentos aprovados seriam entregues à chefe de Estado para que os assine em casa, em Berlim.
Sem quarentena nacional
O número de casos de infecção por coronavírus na Alemanha é de 22.672, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo instituto federal Robert Koch, que é responsável por esta área no país. Isso representa 4.062 a mais do que no dia anterior. Já o número de mortes é de 86.
Por sua vez, a Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, com uma atualização baseada em dados de várias fontes oficiais, divulgou hoje o que número de casos de Covid-19 na Alemanha é de 26.159, e o de mortes, 106.
O governo Merkel e os chefes dos governos regionais decidiram ontem proibir reuniões de duas ou mais pessoas por pelo menos duas semanas. A exceção vale para famílias ou outras formas de convivência.
Não houve acordo para um confinamento em nível nacional, como já foi implementado na Baviera e em várias outras regiões, devido à recusa de alguns dos governos locais em adotarem medidas mais drásticas.