Príncipe Andrew faz acordo de R$ 82 milhões em caso de agressão sexual, segundo imprensa britânica
Americana Virginia Giuffre acusa o duque de York de tê-la assediado quando ela era menor de idade
Internacional|Do R7
O acordo confidencial anunciado nesta terça-feira (15) entre o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth 2ª, e Virginia Giuffre, supera R$ 82,5 (US$ 16 milhões), segundo a imprensa britânica. A americana acusa o príncipe de a agredir sexualmente quando ela era menor de idade.
De acordo com o jornal Daily Telegraph, a rainha vai ajudar seu terceiro filho, de 61 anos, a pagar a quantia a Virginia e a sua organização beneficente.
Os termos financeiros do acordo confidencial não foram revelados. O documento do tribunal diz apenas que o duque de York "tem a intenção de fazer uma doação substancial à organização de Virginia Giuffre", criada no ano passado para ajudar vítimas de tráfico sexual.
O tabloide Daily Mirror afirma que o príncipe doaria 2 milhões de libras à organização beneficente e 10 milhões de libras a Virginia.
De acordo com a imprensa britânica, Andrew poderia vender seu luxuoso chalé suíço por 18 milhões de libras (US$ 24 milhões). Ele ainda teria de pagar, no entanto, uma dívida significativa por essa aquisição, feita em 2014.
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Outros jornais afirmam que o valor do acordo extrajudicial concluído nos Estados Unidos seria inferior: The Guardian cita mais de 7 milhões de libras, sem incluir os "milionários" honorários dos advogados, e o Daily Mail menciona uma "humilhação de 10 milhões de libras". Procurada pela AFP, uma porta-voz de Andrew se recusou a fazer comentários.
Com o acordo, o príncipe, que sempre negou as acusações, evita um julgamento civil nos Estados Unidos, especialmente embaraçoso para a família real britânica no ano em que Elizabeth 2ª celebra seus 70 anos de reinado.
Para proteger a monarquia, Andrew perdeu em janeiro suas honras e títulos militares e não pode mais usar o título de alteza real.
O terceiro filho da rainha já havia sido obrigado a abandonar a vida pública após uma entrevista com péssima repercussão em 2019. Nela, não demonstrou arrependimento pela amizade com o pedófilo americano Jeffrey Epstein, ou a menor empatia com as vítimas do empresário.