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Procurado há 40 anos, ex-policial serial killer é capturado

Autoridades de Sacramento identificaram Joseph James DeAngelo como autor de 12 assassinatos e dezenas de estupros entre 1976 e 1986

Internacional|Fábio Fleury, do R7, com agências internacionais

Polícia recorreu a testes de DNA
Polícia recorreu a testes de DNA

A polícia de Sacramento, capital da Califórnia (EUA) anunciou nesta quarta-feira (25), que um homem de 72 anos que foi preso recentemente é o autor de uma série de crimes, incluindo 12 assassinatos, pelo menos 45 estupros e dezenas de roubos cometidos entre 1976 e 1986. Foram 40 anos de buscas. 

Usando testes de DNA, a promotoria da cidade conseguiu identificar Joseph James DeAngelo, ex-policial da Califórnia, como o chamado "assassino de Golden State". Ele foi preso após roubar uma lata de repelente canino e um martelo de uma loja. 

DeAngelo foi indiciado e está detido sem direito a fiança. 

"A resposta estava em Sacramento o tempo todo. Inúmeras vítimas esperaram 40 anos por justiça. Dezenas de pessoas se dedicaram durante muitos anos a capturar esse homem", comentou a procuradora da cidade, Anne Marie Schubert.


As investigações mostraram que duas longas séries de crimes, uma no norte da Califórnia e outra no sul, foram cometidas pela mesma pessoa. A descoberta foi feita em 2001, quando amostras de material genético coletadas nas dezenas de cenas de crime foram finalmente identificadas.

Roubos e estupros


DeAngelo trabalhou na polícia de Auburn, cidade que fica próxima a Sacramento, no norte da Califórnia, de 1973 a 1979. Foi nesse período que ele começou a invadir casas e roubar objetos de valor. 

Os policiais acreditam que, desde o início, ele mirava casas onde estavam mulheres sozinhas. Nos primeiros crimes, ele as amarrava e apenas roubava dinheiro e objetos de valor. Em 1976, ele começou a estuprar suas vítimas.


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Nos três anos seguintes, mais de 40 mulheres foram violentadas na região. Com o tempo, ele passou a entrar em casas onde estavam casais. O criminoso invadia os imóveis à noite, acordava os ocupantes iluminando seus rostos com lanternas e os rendia.

O método, então, era sempre o mesmo. DeAngelo fazia as mulheres amarrarem os homens em um cômodo da casa, depois as levava para outro local e as estuprava. Muitas vezes, ele passava horas dentro das casas, revirando tudo que encontrava, roubando. Segundo os relatos, o criminoso costumava comer o que estava na geladeira.

Em 1979, DeAngelo foi expulso da polícia de Auburn, após ser flagrado roubando uma lata de repelente para cães e um martelo de uma loja. Ele se mudou para o sul da Califórnia e passou a se dedicar aos assassinatos.

Mortes no sul

Uma das raras falhas de DeAngelo aconteceu em outubro de 1979, já em Goleta, perto de Santa Barbara. Ele invadiu uma casa e amarrou o casal de moradores. A mulher gritou e um vizinho, que era agente do FBI, entrou no imóvel. O criminoso conseguiu escapar.

Antes da virada do ano, ele matou um casal de médicos, também em Goleta, a tiros. Segundo as investigações, o homem teria tentado atacar o assassino e acabou morto, junto com a mulher.

Entre 1980 e 1981, mais três casais foram mortos na região. Em todos os casos, o homem foi encontrado amarrado ou reagiu ao ser contido, e a mulher foi violentada. Em um quarto caso, a vítima, Manuela Witthuhn, estava sozinha em casa porque o marido estava internado em um hospital.

O último assassinato atribuído a DeAngelo aconteceu 5 anos depois, em maio de 1986. Uma jovem de 18 anos foi encontrada estuprada e morta em casa pela família, que estava viajando no dia do crime.

Durante os dez anos em que os crimes aconteceram, Joseph James DeAngelo frequentemente ligava para as vítimas da primeira onda de crimes, para aterrorizá-las. Ele também gostava de mandar cartas ameaçadoras para jornais que faziam matérias sobre seus crimes.

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