Procurador alemão diz à família de Madeleine que a menina está morta

Promotor que investiga o caso escreveu à família de Madeleine McCann para dizer que a filha deles foi morta, mas não deu mais detalhes

15/06/2020 - 19h16 (Atualizado em 05/04/2024 - 06h50)

Autoridades alemãs confirmaram que a menina britânica Madeleine McCann, que desapareceu de um resort em Portugal em 2007, pouco antes de completar 4 anos, está morta. A informação foi divulgada por diversos veículos de imprensa do Reino Unido nesta segunda-feira (15).

O promotor alemão Hans Christian Wolters escreveu uma carta para os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, em que confirma o destino da menina. No entanto, ele teria escrito também que "não poderia dizer como" soube da informação enquanto a investigação está em andamento.

Wolters é quem lidera as investigações contra o alemão de 43 anos que cumpre pena por outros crimes em seu país.

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Em entrevista ao tabloide britânico Mirror, o promotor disse que "por enquanto é melhor não colocar todas as cartas na mesa" e que o importante "é fazer o possível para determinar o culpado".

Relembre as principais reviravoltas do caso Madeleine

Aos 4 anos de idade, Madeleine McCann desapareceu de um resort na Praia da Luz, em Portugal, onde passava férias com a família. O ano era 2007 e marcava o início de uma megaoperação policial, com 600 pessoas investigadas, apelos públicos e enorme repercussão na mídia. Após um longo período sem esclarecimentos, novas pistas levaram a um suspeito

O homem apontado como responsável pelo desaparecimento de Madeleine tem 43 anos e está preso na cidade alemã de Kiel. Segundo o Departamento Federal da Polícia Criminal da Alemanha, ele já foi condenado diversas vezes por crimes sexuais, inclusive abuso de menores

O jornal alemão Bild, identificou o suspeito como "Christian B." e informou que ele viveu entre 1995 e 2007 na região de Algarve, próximo da Praia da Luz, onde os pais de Madeleine jantavam com amigos no dia em que a menina sumiu

Na época, Christian realizava trabalhos ocasionais no setor hoteleiro local. No entanto, os investigadores acreditam que ele também se financiava com roubos em hotéis e apartamentos turísticos, além de estar envolvido com o tráfico de drogas

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Autoridades inglesas e alemãs identificaram dois veículos que o suspeito pode ter utilizado para sequestrar Madeleine. Um deles é uma van Volkswagen T3 do início dos anos 1880, com placa portuguesa

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Christian teria morado no veículo durante dias, talvez semanas. Testemunhas confirmaram à polícia britânica terem visto a van branca e amarela na região do Algarve na noite de 3 de maio, data em que a menina britânica desapareceu

O segundo veículo é um Jaguar modelo XJR 6, de 1993, com placa alemã, originalmente registrado no nome do suspeito. No dia 4 de maio de 2007, um dia após o suposto crime, o carro foi registrado com outro nome na Alemanha

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Investigadores de Portugal, Reino Unido e Alemanha agora querem ouvir mais testemunhas, para colher informações sobre o paradeiro de Christian B. na noite do desaparecimento

A menina desapareceu em uma praia em Portugal quando tinha apenas 3 anos. A última década foi marcada pela busca de agências
portuguesas, britânicas e até alemãs, que não tiveram sucesso em localizar o paradeiro da garota

Desde 2007, a busca por uma solução promoveu mais de 2 mil diligências policiais, 500 buscas e 12 mil páginas de processo. Segundo a BBC, desde 2011, foram gastos mais de 11 milhões de libras (cerca de R$ 70 milhões) com o caso

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Os pais afirmam terem deixado as crianças no quarto para jantar com amigos no restaurante do hotel. Quando retornaram ao apartamento, a menina havia sumido

Em Portugal, o caso foi encerrado em julho de 2008. Mas, acabou reaberto em outubro de 2013, após novos indícios terem sido encontrados, em investigação paralela com a Scotland Yard, a polícia do Reino Unido

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Em comunicado, Kate e Gerry McCann, os pais de Madeleine, deram "boas-vindas" aos novos rumos da investigação: "Tudo o que sempre quisemos foi encontrá-la, descobrir a verdade e levar os responsáveis à justiça. Nunca perderemos a esperança de encontrar Madeleine viva, mas, seja qual for o resultado, precisamos saber e precisamos encontrar a paz"

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