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Protestos e desinformação: por que a Rússia tenta interferir nas eleições da Moldávia?

Pequeno país, vizinho da Ucrânia, decide se continua no caminho para se integrar à União Europeia ou se aproxima dos russos

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Moldávia enfrenta uma eleição parlamentar decisiva em 28 de outubro, que pode definir seu caminho em direção à União Europeia ou à Rússia.
  • A presidente Maia Sandu denuncia a interferência russa através de desinformação e compra de votos, resultando em prisões de indivíduos envolvidos em planos violentos.
  • A Rússia elaborou uma estratégia para minar o partido de Sandu, visando desestabilizar a Moldávia e obstaculizar sua adesão à UE.
  • Autoridades europeias alertam para possíveis ações violentas se o partido de Sandu vencer, em um contexto de crescente influência russa no país.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bandeira da Moldávia, em imagem de arquivo Divulgação/Sasha Pleshco/Unsplash

A Moldávia enfrenta uma eleição parlamentar crucial neste domingo (28). O pequeno país vai decidir se continua no caminho para se integrar à União Europeia (UE) ou se aproxima da Rússia.

A presidente moldava Maia Sandu, no entanto, diz que a Rússia está investindo milhões de euros em desinformação, compra de votos e planos para interferir na corrida eleitoral e causar uma desestabilização no país.


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Atos violentos

Recentemente, a polícia da Moldávia disse que realizou mais de 250 buscas e prendeu 74 pessoas em todo país para desmantelar uma suposta rede apoiada pelo GRU, o serviço de inteligência da Rússia, suspeita de planejar atos violentos.

As autoridades alegam que alguns dos detidos receberam treinamento de instrutores russos na Sérvia para provocar os distúrbios, que objetivavam atrapalhar as eleições deste domingo.


A rede britânica BBC também revelou evidências de uma rede ligada a Moscou e ao empresário moldavo fugitivo Ilan Shor que pagava pessoas para disseminar conteúdo falso nas redes sociais para enfraquecer o partido de Sandu.

Estratégia coordenada

Na última segunda-feira (22), a agência norte-americana Bloomberg disse que teve acesso a documentos que mostram que a Rússia elaborou uma estratégia coordenada para minar o Partido de Ação e Solidariedade (PAS), de Sandu, nas eleições.


O plano inclui recrutar moldavos no exterior para votar, organizar protestos disruptivos e espalhar desinformação em plataformas como Telegram, TikTok e Facebook. A Bloomberg enfatiza que o objetivo é remover Sandu do poder e frear a adesão da Moldávia à UE.

A polícia moldova também apreendeu 5 milhões de lei moldavos (cerca de R$ 1,6 milhão) em operações contra lavagem de dinheiro ligada a essas ações, de acordo com um comunicado divulgado pela instituição.


“O Kremlin acredita que estamos todos à venda, mas a Moldávia é o nosso lar e não está à venda”, declarou a presidente. Ela pediu alta participação eleitoral, especialmente da diáspora, para conter a influência russa.

Política influenciada

A influência russa sempre esteve presente na política moldava. Desde que declarou independência da União Soviética, há mais de 30 anos, a Moldávia mantém uma população russófona significativa. Além disso, a região separatista da Transnístria, apoiada por Moscou, ainda abriga tropas russas.

A atual presidente, no entanto, defende uma aproximação do país com a UE. No ano passado, um referendo aprovou incluir esse objetivo na constituição moldova. Mas a vitória foi apertada: 50,4% votaram “sim” e 49,5% votaram “não”.

Segundo o jornal The Politico, o PAS enfrenta dificuldades para manter maioria parlamentar. Pesquisas indicam que o partido pode perder espaço para forças pró-Rússia, como o Bloco Patriótico, liderado pelo ex-presidente Igor Dodon.

Autoridades europeias alertaram à Bloomberg que a Rússia planeja ações violentas caso o PAS vença o pleito, incluindo protestos para contestar o resultado.

O conselheiro de segurança nacional moldavo, Stanislav Secrieru, afirmou ao The Politico que o controle do parlamento é estratégico para Moscou, que busca desestabilizar não apenas a Moldávia, mas também a Ucrânia e países da UE.

A Moldávia, que divide fronteira com a Ucrânia e a Romênia, é um importante polo logístico entre o bloco europeu e Kiev. Nesse sentido, um governo pró-Rússia poderia complicar o apoio aos ucranianos na guerra.

O Kremlin nega as acusações. Dodon, em resposta à Bloomberg, alegou que as autoridades moldavas pressionam ilegalmente adversários políticos e que potências ocidentais interferem no país ao apoiar o PAS.

Líderes europeus como o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz visitaram a capital moldova, Chisinau, para reforçar o apoio à integração da Moldávia à UE.

Perguntas e Respostas

 

Qual é a situação atual da Moldávia em relação às eleições parlamentares?

 

A Moldávia está prestes a realizar uma eleição parlamentar crucial, onde os cidadãos decidirão se continuarão a se integrar à União Europeia (UE) ou se aproximarão da Rússia.

 

Quais são as alegações da presidente moldava sobre a interferência russa?

 

A presidente Maia Sandu afirma que a Rússia está investindo milhões de euros em desinformação, compra de votos e planos para interferir nas eleições, visando desestabilizar o país.

 

O que as autoridades moldavas fizeram em resposta a essas alegações?

 

A polícia da Moldávia realizou mais de 250 buscas e prendeu 74 pessoas para desmantelar uma suposta rede apoiada pelo GRU, o serviço de inteligência da Rússia, que estaria planejando atos violentos.

 

Quais evidências foram reveladas sobre a interferência russa nas eleições?

 

A BBC reportou que uma rede ligada a Moscou e ao empresário moldavo fugitivo Ilan Shor estava pagando pessoas para disseminar conteúdo falso nas redes sociais, com o objetivo de enfraquecer o partido de Maia Sandu.

 

Qual é a estratégia russa para as eleições, segundo a Bloomberg?

 

A Bloomberg informou que a Rússia elaborou uma estratégia para minar o Partido de Ação e Solidariedade (PAS) de Sandu, que inclui recrutar moldavos no exterior para votar, organizar protestos disruptivos e espalhar desinformação em plataformas como Telegram, TikTok e Facebook.

 

O que foi apreendido pela polícia moldava em operações contra lavagem de dinheiro?

 

A polícia apreendeu 5 milhões de lei moldavos (cerca de R$ 1,6 milhão) em operações relacionadas a essas ações de desestabilização.

 

Qual é a posição da presidente Maia Sandu sobre a influência russa?

 

Maia Sandu declarou que a Moldávia não está à venda e pediu uma alta participação eleitoral para conter a influência russa.

 

Como a Moldávia lida com a influência russa na política?

 

A Moldávia tem uma significativa população russófona e uma região separatista, a Transnístria, que abriga tropas russas. A presidente atual defende uma aproximação com a UE, e um referendo recente aprovou essa meta na constituição moldava.

 

Quais são os desafios enfrentados pelo Partido de Ação e Solidariedade (PAS)?

 

O PAS enfrenta dificuldades para manter a maioria parlamentar, com pesquisas indicando que pode perder espaço para forças pró-Rússia, como o Bloco Patriótico, liderado pelo ex-presidente Igor Dodon.

 

Quais são as preocupações das autoridades europeias em relação às eleições moldavas?

 

Autoridades europeias alertaram que a Rússia pode planejar ações violentas caso o PAS vença, incluindo protestos para contestar o resultado das eleições.

 

Qual é a importância estratégica da Moldávia para a Rússia e a UE?

 

A Moldávia é um importante polo logístico entre a UE e a Ucrânia, e um governo pró-Rússia poderia complicar o apoio europeu aos ucranianos na guerra.

 

Como o Kremlin respondeu às acusações de interferência?

 

O Kremlin negou as acusações, e Igor Dodon alegou que as autoridades moldavas estão pressionando adversários políticos e que potências ocidentais estão interferindo ao apoiar o PAS.

 

Quem visitou a Moldávia para reforçar o apoio à sua integração na UE?

 

Líderes europeus, como o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz, visitaram a capital moldava, Chisinau, para reforçar o apoio à integração da Moldávia à UE.

 

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