A província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, festejou nesta segunda-feira (22) a marca de um milhão de vacinados contra a covid-19, façanha que, na opinião do presidente, Alberto Fernández, indica que o país está no "caminho correto.
Em ato celebrado na Universidade Nacional de Lanús, o mandatário admitiu que "será prorrogado em um mês" o prazo para vacinar as pessoas de maior risco, data inicialmente marcada para 31 de março, porque "o mundo tem uma carência de vacinas e uma demanda infinita".
"Acredito que se conseguirmos concretizar os últimos acordos que temos feito, e somos muito cautelosos no anúncio, de modo a não gerar falsas expectativas, atingiremos o nosso objetivo de vacinar as pessoas com mais risco antes do final de abril", disse Fernández.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde argentino, o país já administrou um total de 3.142.444 doses da vacina contra o coronavírus, campanha que até agora inclui o imunizante russo Sputnik V, o da chinesa Sinopharm e o indiano CoviShield, fabricado com tecnologia de Oxford-AstraZeneca.
A província de Buenos Aires foi a que aplicou mais doses (1.242.893) até agora, seguida pela cidade de Buenos Aires (324.650) e pela província de Córdoba (256.505).
Ao todo, 2.535.054 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina (5,5% da população argentina) e 607.390 receberam duas (1,3%).
Alberto Fernández disse que a primeira dose da vacina confere "uma quantidade muito importante de imunidade" àqueles que a recebem, "na maioria dos casos, 80% da imunidade total".
"Essas primeiras doses começam a gerar anticorpos entre o 15º e o 20º dia. Não devemos pensar que se sai daqui com imunidade total. É preciso continuar se cuidando, se preservando, se protegendo", enfatizou.
O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, descreveu como "imenso" o esforço da campanha de vacinação em Buenos Aires, região que conta com 617 pontos de vacinação simultânea e mais de 20 mil pessoas envolvidas na operação.
A Argentina acumula 2.245.771 casos de covid-19 e 54.545 mortes por complicações da doença desde o início da pandemia.